quarta-feira, 17 de agosto de 2011

AMOR DE MALANDRO - 1930

Se a figura do capadócio foi cantada nas duas primeiras décadas do século XX, a figura do malandro (seu sucessor) foi enfocada nos anos 20 e 30. A figura do homem que só levava vantagem, enganava os trouxas e ainda tinha ao seu lado, fixa, a figura da mulher de malandro, que podia, ser uma prostituta (a gigolette da belle époque) ou simplesmente uma mulher submissa, que levava pancada, se lamentava, mas nunca largava seu homem, a quem devotava total adoração.


Na linha de malandros e suas companheiras surgiram sambas como Amor de Malandro (Malandro), da autoria de Francisco Alves, Freire Junior e Ismael Silva. Foi gravado pelo próprio Francisco Alves em 1929, sendo o disco lançado em julho desse mesmo ano. Disco Odeon 10.424-A, matriz 2633. O acompanhamento se dá pela ótima Orchestra Pan American.







Vem, vem
que eu dou tudo a você
Menos vaidade
tenho vontade
Mas é que não pode ser

O amor é o do malandro
oh, meu bem
Melhor do que ele ninguém
Se ele te bate
é porque gosta de ti
Pois bater-se em que não se gosta
eu nunca vi.

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