A
data de hoje, 19 de junho, marca o falecimento dos seguintes artistas: HELOÍSA HELENA,
JONJOCA e SALOMÉ PARÍSIO.
HELOÍSA
HELENA
Filha
do casal Almeida Gama, Heloísa Helena de Almeida Lima nasceu no Rio de Janeiro
em 28 de outubro de 1917. Seu pai era um alto funcionário do Distrito Federal
(Rio de Janeiro).
Ela
estudou no colégio Bennet, no bairro do Flamengo e desde criança gostou de
cantar e aprendeu a tocar violão ainda cedo.
Começou
a cantar de forma amadora na Rádio Roquete Pinto, onde foi ouvida pelo locutor
César Ladeira, que a levou para a Rádio Mayrink Veiga, onde começou sua
carreira artística profissional, cantando em inglês, idioma que dominava.
Foi
uma das atrizes a se fantasiar de baiana e, assim, aparecer em um filme, antes
de Carmen Miranda. No caso, o filme foi Alô, Alô Carnaval, no qual
Heloísa aparecia vestida de baiana e cantando Tempo Bom, samba de
sua autoria em parceria com João de Barro (Braguinha). Ela era acompanhada pelo
conjunto Os Bêbados. Nesse filme, produção da Cinédia, Carmen e Aurora
Miranda interpretaram a marcha Cantores do Rádio, de João de barro,
Alberto Ribeiro e Lamartine Babo.
Em
1937, gravou um disco com músicas de sua autoria, Samba da Vida,
samba em parceria com Valfrido Silva e Numa Roda de Samba, samba-fox
somente de sua autoria. Foi acompanhada por Pixinguinha e os Diabos do Céu. Essas
músicas foram utilizadas no filme Samba da Vida, estrelado por
Heloísa e dirigido pelo ator Jayme Costa, na Cinédia, em 1937.
Seu
segundo disco seria gravado em 1940, na Odeon, com as marchas Sarong,
de Osvaldo Santiago e Jorge Murad e Marinheiro, de Alvarenga e
Ranchinho, onde foi acompanhada pela Orquestra Odeon.
Heloísa
Helena foi a primeira cantora a interpretar a música Carinhoso, de
Pixinguinha, na versão feita por João de Barro, no Theatro Municipal do Rio de
Janeiro. Essa música havia recebido versos anteriores feitos pela cantora Aracy
Côrtes, e interpretada, com sucesso, por ela nos palcos. Pixinguinha, que
cresceu ao lado de Aracy, ofertou a partitura original desse clássico para que
sua amiga guardasse.
Era
casada com o teatrólogo Paulo Magalhães.
Mesmo
atuando no Cassino da Urca e Cassino Atlântico, foi aos EUA no começo da década
de 1940 para um intercâmbio cultural da Embaixada norte-americana no Brasil. Em
1951 retornou ao brasil, convidada pelo produtor Chianca de Garcia, que a levou
à TV Tupi.
Em
1955 participou do filme Chico Viola não morreu.
Atuou
no teatro, com sucesso, em peças como Rosa Tatuada e Um
Bonde Chamado Desejo.
Também
apresentou programas de televisão, entrevistando personalidades e presidentes
da República.
Nos
anos 60 passou a trabalhar na Rede Globo, em novelas como Verão
Vermelho, Assim na Terra como no Céu, Selva de Pedra, Eu
Prometo e Roque Santeiro. Também dirigiu alguns programas.
Ainda
no cinema atuou em Céu Azul (1941), Mãos Sangrentas (1955), Leonora
dos Sete Mares (1955), O Homem do Sputinik (1959) e Independência
ou Morte (1972), onde interpretou Carlota Joaquina.
Ao
longo de sua carreira recebeu vários prêmios por sua atuação no teatro, cinema
e televisão.
Em
1998, prestou depoimento ao Museu da televisão Brasileira.
Heloísa
Helena faleceu no Rio de Janeiro em 19 de junho de 1999.
SAMBA
DA VIDA
Samba
de Walfrido Silva
Gravado
por Heloísa Helena
Acompanhamento
dos Diabos do Céu
Disco
Victor 34.199-A, matriz 80499-1
Gravado
em 25 de junho de 1937 e lançado em setembro de 1937
NUMA
RODA DE SAMBA
Samba
Fox de Heloísa Helena
Gravado
por Heloísa Helena
Acompanhamento
dos Diabos do Céu
Disco
Victor 34.199-B, matriz 80500-1
Gravado
em 25 de junho de 1937 e lançado em setembro de 1937
SARONG
Marcha
de Osvaldo Santiago e Jorge Murad
Gravada
por Heloísa Helena
Acompanhamento
da Orquestra Odeon, sob a Direção de Simon Bountman
Disco
Odeon 11.963-A, matriz 6551
Gravado
em 09 de dezembro de 1940 e lançado em fevereiro de 1941
MARINHEIRO
Marcha
de Alvarenga e Ranchinho
Gravada
por Heloísa Helena
Acompanhamento
da Orquestra Odeon, sob a Direção de Simon Bountman
Disco
Odeon 11.963-B, matriz 6552
Gravado
em 09 de dezembro de 1940 e lançado em fevereiro de 1941
JONJOCA
João
de Freitas Ferreira nasceu no Rio de Janeiro em 16 de setembro de 1911. Era
filho de portugueses e nasceu no bairro de Botafogo.
Quando
cursava o ginasial, formou um conjunto com dois violonistas, sendo um deles
irmão do cantor Jorge Fernandes.
Iniciou
sua carreira artística aos 18 anos de idade, indo à gravadora Odeon e
conseguindo que Eduardo Souto, o diretor, se interessasse em gravar um disco
onde ele fosse cantor. Nessa primeira experiência, cujo disco foi lançado em
fevereiro de 1930, gravou os sambas Não te dou perdão, de Ismael
Silva, e Não fui eu, de Caninha.
Ainda
em fevereiro de 1930, Jonjoca gravaria alguns discos pela Parlophon, gravando
novamente na Odeon, na Victor e na Columbia.
Em
1931 conheceu o cantor Castro Barbosa e iniciou com ele a dupla Jonjoca e
Castro Barbosa, gravando vários discos. A dupla “competia” com Francisco Alves
e Mário Reis, que também cantavam juntos por essa época. A voz de Castro
Barbosa se assemelhava com a de Francisco Alves e a de Jonjoca, com a de Mário
Reis.
Atuou também como locutor, trabalhando na Rádio Mayrink Veiga, Rádio Nacional e
Rádio Clube, onde ficou até 1953.
Em
1950 se elegeu vereador no Rio de Janeiro, pelo partido PTN.
Entre
1955 e 2002, apareceu esporadicamente na televisão dando entrevistas.
Jonjoca
faleceu no Rio de Janeiro em 19 de junho de 2006, três meses antes de completar
95 anos de idade.
NÃO TE DOU PERDÃO
Samba de Ismael Silva
Gravado por Jonjoca
Disco Odeon 10.579-A, matriz 3366
Lançado em fevereiro de 1930
NÃO FUI EU!
Samba de José Luís de Moraes (Caninha)
Gravado por Jonjoca
Disco Odeon 10.579-B, matriz 3367
Lançado em fevereiro de 1930
ROSALINA
Samba de J. Thomaz e Orestes Barbosa
Gravado por Jonjoca
Acompanhamento da Orquestra J. Thomaz
Disco Victor 33.493-B, matriz 65240-2
Gravado em 16 de setembro de 1931 e lançado em dezembro de 1931
SINTO FALTA DE VOCÊ
Samba de João Freitas Ferreira (Jonjoca)
Gravado por Jonjoca e Castro Barbosa
Acompanhamento de Orquestra
Disco Victor 33.447-A, 65162-2
Gravado em 12 de junho de 1931 e lançado em julho de 1931
A CANA ESTÁ DURA
Samba de João Freitas Ferreira (Jonjoca)
Gravado por Jonjoca e Castro Barbosa
Acompanhamento de Orquestra
Disco Victor 33.447-B, 65163-2
Gravado em 12 de junho de 1931 e lançado em julho de 1931
AZUL E BRANCO
Samba de Benedito Lacerda e Osvaldo Silva
Gravado por Jonjoca
Disco Odeon 10.948-A, matriz 131453
Gravado em 14 de outubro de 1932 e lançado em janeiro/fevereiro de 1933
SALOMÉ
PARÍSIO
Dulce
de Jesus Parísio de Lira, nasceu em Bonito (Pernambuco), em 03 de junho de
1921.
Iniciou
sua carreira como cantora em Recife (PE), na Rádio Clube de Pernambuco, sendo
eleita a melhor cantora da cidade e recebendo o título de O Rouxinol do
Norte.
Durante
a Segunda Guerra Mundial, Salomé Parísio cantou para os soldados americanos que
estavam nas bases fixadas no Brasil.
Como
Salomé Parísio, foi uma das grandes estrelas da MPB e do Teatro de Revista nos
anos 40 e 50.
Em
2012, Thais Matarazzo, Diego Nunes e Fábio Siqueira, publicaram a biografia Salomé
Parísio - O Rouxinol do Norte, onde contam sua vitoriosa carreira no rádio,
teatro e televisão.
Salomé
Parísio faleceu em 19 de junho de 2013, em São Paulo, aos 92 anos de idade.
RAINHA
DO MAR
Samba
de Walfrido Silva e A. Amaral
Gravado
por Salomé Parísio
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Odeon 13.349-A, matriz 9419
Gravado
em 05 de setembro de 1952 e lançado em dezembro de 1952
SINHÁ
DA BAHIA
Samba
de Vicente Paiva e Luís Iglezias
Gravado
por Salomé Parísio
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Odeon 13.349-B, matriz 9417
Gravado
em 05 de setembro de 1952 e lançado em dezembro de 1952
MULHERES
DA RUA
Bolero
Beguine de Paulo Marques e Sávio Barcelos
Gravado
por Salomé Parísio
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Copacabana 6.294, matriz M-3075
Lançado
em 1961
A
CANÇÃO DO MEU AMOR
Rock
Balada de C. A. Bixio, em versão de Teixeira Filho
Gravado
por Salomé Parísio
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Copacabana 6.294, matriz M-3076
Lançado
em 1961
Agradecimento ao Arquivo Nirez
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