segunda-feira, 13 de junho de 2011

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Estrelas Odeon de 1929


Os melhores artistas brasileiros gravam exclusivamente em discos "Odeon".
A Orchestra "Pan American", o maior e melhor conjuncto da America do Sul, 
é também exclusividade da "Odeon".
Os discos "Odeon" são os primeiros a apresentarem todas as novidades nacionaes e estrangeiras.
Graças a processo de fabricação privilegiado, os discos "Odeon" de gravação electrica 
são absolutamente isentos de chiado.
Como resultado dessas qualidades "Odeon" é o disco de maior venda no Brasil.

Lais Arêda - Procópio Ferreira - Francisco Alves - Aracy Côrtes - Gastão Formenti - Oscar Gonçalves


Laís Arêda em 1929
Paulistana, fez muito sucesso em operetas com sua voz de soprano.
Atuou e gravou alguns discos com Vicente Celestino.
Gravou o samba Baianinha na mesma época em que Aracy Côrtes; ela na Odeon e Aracy na Parlophon, em registro que faria muito sucesso, abafando o de Laís.



Baianinha
Samba de De Chocolat e Oscar Mota 
Disco Odeon 10.355-A, matriz 2404
Acompanhamento da Orchestra Copacabana
Gravado em 27 de fevereiro de 1929 e lançado em abril desse mesmo ano.





Nossa Canção
Tango canção de João da Gente
Acompanhamento da Orchestra Rio Artists
Disco Odeon 10.368-B, matriz 2450
Lançado em abril de 1929






Procópio Ferreira em 1928

Procópio Ferreira (Rio de Janeiro, 1898 - 1979) foi, sem dúvida, 

um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos. 

Também era diretor e dramaturgo. 


Sua carreira iniciou em 1917 e seu maior sucesso nos palcos foi a peça Deus lhe pague
de Joracy Camargo.
Também atuou em filmes como Coisas Nossas (1931), nosso primeiro filme musical.
Em discos Odeon deixou cerca de dezenove monólogos gravados, entre 1928 e 1929.






Francisco Alves em 1929
Francisco Alves (Rio de Janeiro, 1898 - Pindamonhangaba, 1952) começou a carreira em 1918. Atuando no teatro de revista com sua irmã, Nair Alves, logo gravou o primeiro disco em 1919. Após algumas gravações esparsas, inaugura o método de gravação elétrica em 1927. Em pouco tempo é reconhecido como o mais popular e querido intérprete brasileiro. Era considerado o Rei da Voz. Teve notáveis participações em filmes e descobriu vários talentos, como Orlando Silva. Gravou quase mil músicas em discos 78 rpm. No rádio, teve vários programas, sempre com muita audiência no país inteiro.   


Entre dois fogos
Foxtrot de Fredy Raymond
Disco Odeon 10.403-A, matriz 2606
Acompanhamento da Orchestra Copacabana
Lançado em junho de 1929



Não sou baú
Samba de José Barbosa da Silva (Sinhô)
Disco Odeon 10.424-B, matriz 2629
Acompanhamento da Orchestra Copacabana
Lançado em julho de 1929




Gastão Formenti em 1929
Gastão Formenti (Guaratinguetá, 1894 - Rio de Janeiro, 1974) começou a cantar em 1927. Com uma bela voz de tenor, nesse mesmo ano gravou seus primeiros discos na Odeon. Logo, estava entre os principais intérpretes de nossa música, lançando sucessos de renomados compositores. Formenti também era pintor e decorador.


Pai João
Toada de João da Serra
Disco Odeon 10.350-B, matriz 2361
Acompanhamento de João da Serra ao piano
Lançado em março de 1929



Meu violão
Canção brasileira de J. Otaviano e Tostes Malta
Disco Odeon 10.420-B , matriz 2522-I
Acompanhamento de J. Otaviano ao piano
Gravado em 20 de abril de 1929 e lançado em julho desse mesmo ano.




Aracy Côrtes em 1929


Aracy Côrtes (Rio de Janeiro, 1904 - 1985) foi uma das grandes damas da música popular brasileira.
Iniciou sua carreira no final da década de 1910, como amadora. No último dia de 1921, fez sua estréia profissional no teatro de revista. Dessa data em diante, a jovem só acumularia êxitos, sendo considerada Rainha do teatro de revista anos mais tarde. Teve participação no rádio e gravou dezenas de discos, vários deles com seus sucessos interpretados nos palcos. 
Lançou no teatro musical compositores como Noel Rosa, Ary Barroso e Assis Valente.
Imortalizou vários sucessos de nossa música, sendo o mais conhecido Linda Flor (Ai, Yoyô).


Eu não preciso de você
Samba de Júlio Cristobal
Disco Odeon 10.505-A, matriz 3020
Acompanhamento da Orchestra Pan American
Lançado em dezembro de 1929



Vai cumprir o teu destino
Samba de Ary Barroso
Disco Odeon 10.505-B, matriz 3055
Acompanhamento da Orchestra Pan American
Lançado em dezembro de 1929




Oscar Gonçalves em 1929

O tenor Oscar Gonçalves gravou entre 1929 e 1930.


Maria
Romanza de Araújo Viana e João Barreto
Disco Odeon 10.374-A, matriz 2466
Lançado em maio de 1929



O amor começa assim
Valsa canção de Pedro de Sá Pereira
Disco Odeon 10.374-B, matriz 2454
Lançado em maio de 1929





Orchestra Pan American




Fonte: Revista Phono-Arte, 1929
Agradecimento ao ARQUIVO NIREZ






segunda-feira, 6 de junho de 2011

IRENE COELHO – Uma Brasileira de Coração Português

No dia 07 de junho de 2011, terça feira, será lançado o livro IRENE COELHO – Uma Brasileira de Coração Português, de Thais Matarazzo Cantero.


O evento realizado pelo Instituto Memória Editora & Projetos Culturais e o BRDE - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, será no Palacete dos Leões - Av. João Gualberto, 530, Alto da Glória, das 19h às 22h, em Curitiba (PR).




A Artista

Irene Coelho
Irene Coelho nasceu na cidade de Rio Claro (SP), em 04 de julho de 1921 e faleceu em São Paulo (Capital) em junho de 2008.

Na adolescência sentiu forte atração pela música portuguesa e começou a cantar fados na rádio Atlântica de Santos.

Em 1940 casou-se com Manoel Coelho, português e guitarrista. Meses depois (em abril de 1941) o casal organizou um programa de rádio: Melodias Portuguesas. O programa estava destinado ao sucesso: ficou no ar por mais de 66 anos!

Embora brasileira, ao longo de toda sua vida, dedicou-se totalmente a tudo o que é português. Dentro do seu programa, criou um espaço destinado a descobrir novas fadistas e donde saíram alguns hoje grandes profissionais.



Na década de 1950, o casal Coelho foi proprietário de dois restaurantes famosos: Marialva e Solar da Alegria, onde atuaram artistas locais e grandes cartazes de Portugal, nas suas vindas ao Brasil. Mesmo com tantos compromissos Irene ainda atuou em teatros, cinemas, festivais e nos diversos restaurantes típicos de São Paulo e Rio de Janeiro, foi sempre artista de destaque nos locais onde atuou.

O escritor português Guido de Monterey, nas suas obras literárias, Rescaldo e Vedetas no Calarim, incluiu o nome de Irene Coelho, com grande destaque, ao lado de astros e estrelas do grande cenário artístico de Portugal. Em 1966, visitou Portugal, com seu marido. Nessa viagem de três meses, freqüentou todo o ambiente fadista de Lisboa, tendo atuado em algumas casas e gravado pela etiqueta Alvorada.


Seus sucessos no rádio e no disco foram: N. S. de Fatima, Chinelinhas, Cochicho, Bailinho das couves, Sete saias, José e Mariaentre outras.

Por esta síntese biográfica, podemos concluir que Irene Coelho é um patrimônio artístico no que se relaciona a Portugal no Brasil, em especial, em São Paulo. Melodias Portuguesas ficou durante 66 anos nos céus do Brasil. (Thais Matarazzo Cantero)


Irene Coelho


A Autora

Thais Matarazzo Cantero é jornalista, pesquisadora musical e engenheira. Nascida na Capital paulistana, desde cedo começou a se interessar pela música popular brasileira do começo do século XX, resgatando as cantoras da época de ouro do rádio paulistano e carioca em importantes biografias.

Desde criança a autora conhecia a música de Portugal graças à sua avó paterna, que é portuguesa. Através de discos começou a se interessar pela obra de Irene Coelho, também escutando seu programa de rádio. 

E foi na rádio Trianon AM 740 KHz, na Avenida Paulista, que as duas se encontraram pela primeira vez, no programa Melodias Portuguesas. 

As visitas continuaram e Irene já recebia a nova amiga em seu apartamento, onde lhe mostrou uma mala repleta de recortes de jornais, revistas, fotos... Naquele instante, Thais decidiu escrever a trajetória artística de Irene Coelho, resgatando também a presença da música popular portuguesa no rádio paulista.

Thais também já escreveu sobre Cidália Meireles e as Irmãs Meireles, trio do qual Cidália também fez parte e que era conhecido como Os Rouxinóis D´Alem Mar.

Em suas pesquisas, a autora já publicou artigos antológicos sobre Aurora Miranda (que conheceu pessoalmente, recebendo várias fotografias), Sylvinha Mello, Elisa Coelho...

Um dos pontos altos nas pesquisas de Thais foi descobrir informações preciosas sobre a cantora Helena Pinto de Carvalho, um dos nomes pioneiros no rádio paulistano e no cinema musical brasileiro, cujos detalhes de vida e carreira estavam perdidos há quase setenta anos.






SERVIÇO
Data: 07 de Junho de 2011
Horário: das 19h às 22h
Local: Palacete dos Leões - Av. João Gualberto, 530, Alto da Glória.
Estacionamento interno gratuito

OBS. O livro será lançado em São Paulo no dia 02 de julho, na Casa de Portugal, Avenida Liberdade, 602, das 15h às 18 h.
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