quarta-feira, 22 de julho de 2015

CHIQUINHA GONZAGA - SUA VOZ E SEU PIANO

Chiquinha Gonzaga aos 85 anos.
http://lounge.obviousmag.org/


O colecionador e pesquisador Gilberto Inácio Gonçalves encontrou uma preciosidade no lixo.

Frequentador de uma loja de discos em São Paulo, Gilberto teve a curiosidade de olhar uns objetos que estavam sendo descartados pela loja e encontrou o que muito provavelmente pode ser o único registro de voz e piano da compositora Chiquinha Gonzaga (1847 - 1935).

O acetato, que foi encontrado em péssimas condições, pertence ao selo Disco Popular, gravadora que o companheiro de Chiquinha, João Batista Gonzaga, manteve entre 1919 a 1923.

Ao que parece, o disco não foi lançado comercialmente.
Gilberto emprestou o disco ao Instituto Moreira Salles (IMS), que é o atual guardião do acervo da compositora, para que fosse feita a digitalização. 

O radialista Otacílio de Azevedo Neto, filho do pesquisador e jornalista  Nirez (Miguel Angelo de Azevedo) fez a remasterização dos áudios. Lembrando que Nirez é coautor (ao lado de Alcino Santos, Grácio Barbalho e Jairo Severiano) da Discografia publicada em 1982 pela Funarte e possuí uma das mais importantes coleções de discos de 78 rpm do país. Seu museu fica em Fortaleza (CE).

As músicas não havia sido catalogadas pela Discografia, sendo ainda inéditas.

O que também chama a atenção é o anúncio das músicas ser feito por uma mulher, que ao que parece é Chiquinha Gonzaga. O pesquisador Sandor Buys chama a atenção que somente a atriz e cantora Pepa Delgado havia se anunciado em discos.

O disco apresenta a assinatura de F. Gonzaga e a data 1922.

"O rótulo de número 4000 presente em ambas as faces do disco indica a música Plicéa ", nos informa o site do Instituto Moreira Salles; que completa: "Alexandre Dias, coordenador do site Ernesto Nazareth 150 anos e colaborador do IMS em outros projetos, identificou que a valsa anunciada como Saudade era conhecida como Cananéa. E contou com a ajuda de Douglas Passoni – responsável pela editoração das partituras de Chiquinha disponíveis no site Acervo Digital Chiquinha Gonzaga – para constatar que a habanera “Argentina” foi lançada como o tango Xi! e que ainda aparece num manuscrito como Sada".
A biógrafa de Chiquinha Gonzaga, Ediniha Diniz disse que o disco é "um grande achado".


Graças a pesquisadores sérios e generosos como Gilberto Inácio Gonçalves, juntamente com a colaboração do IMS, nossa memória fonográfica, em especial de Chiquinha Gonzaga, vai se preservando e sendo disponibilizada para a apreciação do público.


Para maiores informações: http://zip.net/bxrGxL




Autógrafo da compositora, na parte de cima da foto, 
entre o selo vermelho e o disco: Fca. Gonzaga.
http://ims.com.br/







SAUDADE




ARGENTINA

















terça-feira, 21 de julho de 2015

PEPA DELGADO - 128 ANOS

Revista Fon-Fon, 1912.
http://memoria.bn.br/



Há 128 anos nascia a atriz e cantora PEPA DELGADO.

Maria Pepa Delgado nasceu em Piracicaba (SP), em 21 de julho de 1887. Era filha de Ana Alves e Lourenço Delgado. Seu pai era espanhol e trabalhava como toureiro. Ao vir morar no Brasil, Lourenço ainda se destacou em touradas por São Paulo, mas, abraçou a profissão de fotógrafo.

Por volta dos quinze anos, Pepa Delgado estava fazendo teatro no Rio de Janeiro, trabalhando em boas Companhias. Com o tempo seu talento para a comédia e canto foram se destacando, embora tenha se saído bem em dramas. Com dezessete anos gravou seus primeiros discos na Casa Edison, alguns em parceria com o colega Alfredo Silva, ator de destaque na época, ou com o famoso barítono Mário Pinheiro. Foi a primeira cantora a gravar o famoso tango As Laranjas da Sabina, a música de maior sucesso teatral do final do século XIX. Essa música só seria regravada comercialmente em 1999 pela cantora Maricenne Costa. No anos quarenta, Dircinha Batista, acompanhada de Pixinguinha e Benedito Lacerda cantou no rádio o Fadinho da Sabina, a mesma música, porém, não foi comercializada a gravação, embora ela exista (ouvi na casa do pesquisador Humberto Franceschi há vários anos atrás).

Pepa Delgado também atuou em filmes. Fez comédias e filmes musicais ainda na era do cinema mudo, o que obrigava os atores a ficarem atrás da tela dublando a si mesmo. Fez também dramas religiosos.


Jornal das Moças, anos 10.
http://memoria.bn.br/


No auge da carreira ela se casou com o militar Almerindo de Moraes, passando a assinar Maria Pepa Delgado de Moraes. Continuou atuando em sua Companhia até 1924, quando engravidou de seu único filho. Daí em diante, passou a ser uma dona de casa em tempo integral, cuidando da família e acompanhando o esposo em ocasiões solenes. Mas, não abandonou os colegas e novos talentos. Sempre que podia ajudava os iniciantes, como o comediante Colé Santana. Segundo o filho de Pepa me contou, Colé morou um tempo no porão da casa da família Moraes, no Encantado.


Pepa Delgado faleceu nova, antes de completar 57 anos. Foi vitima de uma meningite. 
Isso aconteceu no Rio de Janeiro em 11 de março de 1945.


Ficaram suas fotos, discos e a lembrança de uma mulher à frente de seu tempo, partilhadas comigo por sua atenciosa família. 

Salve Pepa Delgado!














domingo, 19 de julho de 2015

DERCY GONÇALVES - 07 ANOS DE SAUDADE




Há 07 anos falecia Dercy Gonçalves, a grande Dama de nossa comédia.


"Palavrão, mesmo que ninguém assuma, é a miséria, a falta de respeito. É a sacanagem com o povo. Isso que é palavrão." Dercy Gonçalves.













sábado, 18 de julho de 2015

CASA MODERNA DE 1932

Revista Vida Doméstica, 1932
Arquivo Nirez




Um belo exemplar de casa dos anos 30, publicado na revista Vida Doméstica de 1932. 

Na época, consideradas modernas. Hoje, ao menos aqui em Fortaleza (CE) vão sendo derrubadas impiedosamente. A foto mostra uma dessas casas no Rio de Janeiro.

"Uma singela, mas, interessante moradia em estilo normando que a firma construtora Leonídio Gomes & Cia., desta capital, acaba de construir à rua Figueiredo de Magalhães, nº 134".















Agradecimento ao Arquivo Nirez






sexta-feira, 10 de julho de 2015

ADEUS A OMAR SHARIF




Faleceu nessa sexta feira , 10 de julho de 2015, aos 83 anos o ator egípcio OMAR SHARIF.
Ele sofreu um ataque cardíaco em um hospital no Cairo, Egito.
No começo do ano, Sharif foi diagnosticado com Mal de Alzheimer.

Nascido em Alexandria (Egito), em 10 de abril de 1932, Michel Demitri Shalhoub mudou seu nome quando decidiu se converter ao Islã para se casar. 

Falando fluentemente inglês, grego, francês, italiano e árabe, Omar Sharif fez sucesso em Hollywood em clássicos como Lawrence da Arabia (1962), sendo indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante;  e Doutor Jivago (1965), que lhe rendeu o Globo de Ouro de Melhor ator. Os filmes foram dirigidos por David Lean.



















sábado, 4 de julho de 2015

O VATAPÁ - MAXIXE DE 1909

http://metropole.rac.com.br/






O vatapá é um dos mais tradicionais pratos da culinária brasileira. Com ascendência africana, ele também é usado em cerimônias religiosas, como oferenda, e figura entre os quitutes mais desejados de nosso país. Pode ser feito com camarão, peixe, frango, ou o que a imaginação sugerir. Você pode conferir várias receitas da iguaria em nossa postagem sobre Vatapá.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

OLIVIA DE HAVILLAND - 99 ANOS DA GRANDE ESTRELA

OLIVIA DE HAVILLAND
http://www.oliviadehavillandonline.com/



Hoje, a grande e legendária atriz OLIVIA DE HAVILLAND completa 99 anos.
Ela mora em Paris há várias décadas 

Seu filme mais lembrado é o antológico ... E O Vento Levou, de 1939, onde interpretou a meiga Melanie Hamilton. Aliás, Olivia é a única atriz do elenco principal viva. Curiosamente, seu personagem é o único que morre no filme.
De todo o elenco creditado somente ela e o ator que interpretou seu filho (Beau) estão vivo. O ator se chama Mickey Khun e nasceu em 21 de setembro de 1932. Porém, o bebê que aparece como filho de Melanie também está vivo e se chama Greg Giese, nascido em 24 de setembro de 1939; ele também foi aproveitado para ser o bebê de Scarlett O´Hara. Ele não teve o nome citado nos créditos.


Como Melanie Hamilton, 1939.
www.theaceblackblog.com


Teste de maquiagem.
http://cine-espresso.blogspot.com.br/



Olivia Mary de Havilland nasceu em Tóquio, Japão, em 01 de julho de 1916. Seus pais eram naturais do Reino Unido.

Em 1933, ela estreou no teatro interpretando Alice, em Alice No País das Maravilhas, baseado na obra homônima de Lewis Carrol.


Como a personagem Alice, 1933.
pt.wikipedia.org/

Estreou nas telas em 1935, onde fez vários filmes, entre eles Sonho de Uma Noite de Verão, baseado na obra homônima de Shakespeare, onde interpretou Hermínia.

Antes de ... E O Vento Levou, Olivia já era uma atriz consagrada nas telas, tendo estrelado vários sucessos, muitos ao lado de Errol Flynn. Ao todo, foram:

Capitão Blood (Capitain Blood) - 1935, interpretou Arabella Bishop

A Carga da Brigada Ligeira (The Charge of the Light Brigade) -  1936, interpretou Elsa Campbell

As Aventuras de Robin Hood (The Adventures of Robin Hood) - 1938, interpretou Lady Marian Fitzwalter

Amando Sem Saber (Four's a Crowd) - 1938, interpretou Lorri Dillingwell

Uma Cidade Que Surge (Dodge City) - 1939, interpretou Abbie Irving

Meu Reino Por Um Amor (The Private Lives of Elizabeth and Essex) - 1939, interpretou Lady Penelope Gray

A Estrada de Santa Fé (Santa Fe Trail) - 1940, interpretou Kit Carson Holliday

O Intrépido General Custer (They died with their boots on) - 1941, interpretou Elizabeth Bacon Custer.


Na década de 1940 o público comprovou seu talento ao assistir filmes como, Só Resta Uma Lágrima (To Each His Own), 1946; Espelhos D´Alma (The Dark Mirror), 1946; Champanhe para Dois (The Well-Groomed Bride), 1946; A Cova da Serpente (The Snake Pit), 1948,  e Tarde Demais (The Heiress), 1949.


Ela era irmã da também atriz Joan Fontaine.


Recebeu dois Oscar  de Melhor Atriz em sua carreira. Em 1946, interpretando Srta, Josephine "Jody" Norris, em Só Resta uma Lágrima; e por interpretar Catherine Sloper, em Tarde Demais, de 1949, onde contracenou com Montgomery Clift. Por Tarde Demais ela ainda ganharia o Globo de Ouro de melhor atriz em filme dramático.


Desde 1953, Olivia de Havilland reside na França. Vez ou outra faz aparições públicas, inclusive dando depoimentos sobre ... E o Vento Levou. Em 09 de setembro de 2010, Olivia recebeu do presidente da França, Nicolas Sarkozy, a Legião da Honra, a mais alta condecoração francesa. Na ocasião, Sarkozy disse que ela honrava os franceses por ter escolhido morar lá.

Ela também é uma das poucas estrelas dos anos 30, ou a única, ainda viva.

Olivia de Havilland também honra o cinema com sua brilhante carreira.



Maio de 1939.
pt.wikipedia.org/




Com Errol Flyn.
A Carga da Brigada Ligeira, 1936.

www.benficanet.com




Com Errol Flyn, As Aventuras de Hobin Hood, 1938.
http://www.doctormacro.com/



Em Capitão Blood, 1935.
http://www.doctormacro.com/



Como Melanie Hamilton.
... E O Vento Levou, 1939.

http://www.doctormacro.com/




http://www.doctormacro.com/




http://www.doctormacro.com/






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