LEOPOLDO FRÓES A Noite Illustrada, 1932 Arquivo Nirez
Atuando
em Portugal e no Brasil, no começo do século XX, LEOPOLDO FRÓES se destacou
como um dos maiores atores de sua geração.
Leopoldo
Constantino Fróes da Cruz nasceu em Niterói (RJ), em 30 de setembro de 1882,
falecendo em Davos, Suíça, em 02 de março de 1932, aos 49 anos de idade.
Foi
o primeiro presidente da Casa dos Artistas, o atual Retiro dos Artistas do Rio
de Janeiro.
Escreveu
peças, entre elas A Mimosa, da qual gravaria alguns versos de sua
autoria em uma canção intitulada Mimosa. Foi, nessa canção, uma das
primeiras vezes em que apareceu a palavra Melindrosa.
Há 64 anos falecia o
cantor e compositor FRANCISCO ALVES, O REI DA VOZ.
Nascido em 19 de
agosto de 1898, no Rio de Janeiro, Francisco de Moraes Alves iniciou sua
carreira no final da década de 1910, no teatro de revista, onde sua irmã Nair
Alves já era atriz conhecida. Em 1919 fez suas primeiras gravações em disco, na
gravadora Popular, de propriedade de João Gonzaga, esposo de Chiquinha Gonzaga.
Francisco Alves registrou em cera três músicas de Sinhô (José Barbosa da
Silva): Pé de Anjo (marcha), Papagaio Louro - Fala, meu louro (samba) e Alivia
esses olhos (samba).
Durante a primeira
metade da década de 1920 ele faria poucas gravações, voltando sua atenção para
o teatro. Por volta de 1926/1927 gravou várias músicas ainda no processo
mecânico.
Ainda em 1927, ele seria o primeiro cantor a gravar no processo elétrico. A
partir de então, não parou mais de gravar, lançando dezenas de discos em curtos
intervalos de tempo. Sua potente voz fez com que o público passasse a admirá-lo
cada vez mais. Seu sucesso era tanto que, ainda nos anos 20, ele gravava em
dois locais diferentes. Em um deles assinava Chico Viola e no outro, Francisco
Alves.
Pois ele chegava a concorrer consigo mesmo...
Ao longo das décadas
de 30 e 40, passou a reinar absoluto na MPB, ajudando amigos e descobrindo
novos talentos, como Orlando Silva. Chico participou ativamente do rádio, em
programas que faziam o deleite dos ouvintes. Também atuava em cassinos,
aparecia em filmes, excursionava pelo Brasil e pelos países vizinhos.
Sua grande
companheira foi a atriz Célia Zenatti, com quem ele conviveu por 28 anos. Célia
o acompanhava nas excursões e era uma esposa dedicada.
Coube a Francisco
Alves lançar vários clássicos de nosso cancioneiro, bem como ser o cantor que
mais gravou discos no período da cera. Ele gravou praticamente todos os ritmos
de seu tempo, se saindo bem em todos os estilos. Também era compositor.
Em 27 de setembro de
1952, ao voltar de São Paulo, onde no dia anterior havia feito uma apresentação
no Largo da Concórdia, Francisco Alves faleceu vitima de um acidente
automobilístico, na Via Dutra, na altura da cidade de Pindamonhangaba. Seu
velório e enterro foi um dos mais concorridos do Brasil, se igualando somente
aos de Getúlio Vargas e Carmen Miranda.
Trecho do último show de Francisco Alves
Gravações feitas entre 1950, 1951 e 1952
LARGO DO ESTÁCIO
Samba
de David Nasser, Haroldo Lobo e P. Fonseca Almeida
Acompanhamento
de Regional
Disco
Odeon 13.078-B, matriz 8824
Gravado
em 16 de outubro de 1950 e lançado em janeiro de 1951
SAUDADE DO PASSADO
Samba
de David Nasser e Francisco Alves
Acompanhamento
de Regional
Disco
Odeon 13.100-A, matriz 8900
Gravado
em 29 de janeiro de 1951 e lançado em março
NÃO SEI
Canção
de Francisco Alves e Orestes barbosa
Acompanhamento
de Regional
Disco
Odeon 13.100-B, matriz 8901
Gravado
em 29 de janeiro de 1951 e lançado em março
SÃO PAULO CORAÇÃO DO BRASIL
Samba
de David Nasser e Francisco Alves
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Odeon 13.121-A, matriz 8942
Gravado
em 05 de abril de 1951 e lançado em maio
SEM PROTOCOLO
Samba
de David Nasser e Francisco Alves
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Odeon 13.121-B, matriz 8940
Gravado
em 05 de abril de 1951 e lançado em maio
ESTRANHA MELODIA
Bolero
de Francisco Alves e David Nasser
Acompanhamento
de Sílvio Mazzuca e Sua Orquestra
Disco
Odeon 13.153-A, matriz 9012
Gravado
em 16 de junho de 1951 e lançado em agosto
BAÍA DE GUANABARA
Samba
de Joubert de Carvalho
Acompanhamento
de Sílvio Mazzuca e Sua Orquestra
Disco
Odeon 13.153-B, matriz 9013
Gravado
em 16 de junho de 1951 e lançado em agosto
LONGA CAMINHADA
Samba
de Fernando Lobo e Paulo Soledade
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Odeon 13.174-A, matriz 9035
Gravado
em 25 de junho de 1951 e lançado em outubro
CONFETE
Marcha
de David Nasser e Jota Jr.
Acompanhamento
de Regional
Disco
Odeon 13.211-A, matriz 9187
Gravado
em 9=09 de novembro de 1951 e lançado em janeiro de 1952
PRA QUE SOFRER
Samba
de Francisco Alves e José Roy
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Odeon 13.224-B, matriz 9161
Gravado
em 19 de outubro de 1951 e lançado em janeiro de 1952
ELA
Samba
de Herivelto Martins
Acompanhamento
de Regional
Disco
Odeon 13.232-A, matriz 9182
Gravado
em 01 de novembro de 1951 e lançado em março de 1952
QUE SAUDADE
Toada
baião de Francisco Alves e David Nasser
Acompanhamento
de Regional
Disco
Odeon 13.232-B, matriz 9180
Gravado
em 01 de novembro de 1951 e lançado em março de 1952
MILAGRE IMPOSSÍVEL
Samba
canção de Francisco Alves e René Bittencourt
Acompanhamento
de Regional
Disco
Odeon 13.259-A, matriz 9260
Gravado
em 01 de março de 1952 e lançado em maio
FELICIDADE
Samba
de René Bittencourt e Noel Rosa
Acompanhamento
de Regional
Disco
Odeon 13.259-B, matriz 9261
Gravado
em 01 de março de 1952 e lançado em maio
FALANDO A VERDADE
Samba
canção de David Nasser e Francisco Alves
Acompanhamento
de Regional
Disco
Odeon 13.304-B, matriz 9183
Gravado
em 01 de novembro de 1951 e lançado em agosto de 1952
Há 64 anos, Francisco Alves realizava suas últimas gravações.
Sendo contratado da Odeon, a RCA Victor obteve permissão para que
ele regravasse quatro músicas do seu antigo repertório na Victor.
As gravações aconteceram no dia 24 de setembro de 1952 e os discos
foram lançados em outubro desse mesmo ano.
Segundo Abel Cardoso Junior, "a RCA-Victor teve da Odeon a
permissão para que Francisco Alves regravasse quatro músicas de seu antigo
repertório na etiqueta do cachorrinho.Foi
Elafoi seu último
registro".
Francisco Alves não chegou a ver os discos nas lojas, pois, esse
seria seu último registro.
Três dias depois, ele faleceria em um acidente de automóvel na Via
Dutra (SP), após retornar de uma bem sucedida apresentação em São Paulo, no
Largo da Concórdia.
O emblema da RCA-Victor em 1952
É Bom Parar Samba de Rubens Soares, com conjunto e coro Disco RCA-Victor 80-1046-A, matriz SB-093492
Foi Ela Samba de Ary Barroso, com orquestra e coro Disco RCA-Victor 80-1046-B, matriz SB-093493
A Mulher que ficou na Taça Valsa de Francisco Alves e Orestes Barbosa Com orquestra Disco RCA-Victor 80-1050-A, matriz SB-093490
Serra da Boa Esperança Samba de Lamartine Babo Com Orquestra Disco RCA-Victor 80-1050-B, matriz SB-093491 Nessa versão, ele só cantou as duas primeiras estrofes do poema.
Fontes: Arquivo Nirez Arquivo Marcelo Bonavides Francisco Alves - As Mil Canções do Rei da Voz, de Abel Cardoso Junior, 1998.
GILDA DE ABREU, 1936. Revista Carioca Arquivo Nirez
Há
112 anos nascia a cantora, atriz, compositora, cineasta e escritora GILDA DE
ABREU.
Nascida
em Paris (França), em 23 de setembro de 1904, veio morar no Brasil com quatro
anos, quando foi batizada. Sua mãe era uma famosa cantora lírica, Nicia Silva
de Abreu.
Gilda
casou-se em 1933 com o tenor Vicente Celestino.