sexta-feira, 8 de março de 2024

GRANDES CANTORAS, GRANDES MULHERES





Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, trago dezesseis grandes artistas e grandes mulheres, intérpretes de nossa música popular.

Confiram Júlia Martins, Pepa Delgado, Zaíra de Oliveira, Aracy Côrtes, Zaíra Cavalcanti, Carmen Miranda, Aurora Miranda, Dircinha Batista, Linda Batista, Odete Amaral, Carmen Barbosa, Aracy de Almeida, Emilinha Borba, Marlene, Inezita Barroso e Hebe Camargo.





JÚLIA MARTINS
(1886 – 1932)

JÚLIA MARTINS
Cedoc-Funarte



Júlia Martins nasceu no Rio de Janeiro em 20 de abril de 1886, sendo uma das mais populares atrizes-cantoras das primeiras décadas do século XX.

Iniciou sua carreira ainda criança, no final do século XIX, interpretando peças adultas adaptadas a elencos infantis.

Foi uma das, se não a primeira, artista negra a se profissionalizar nos palcos brasileiros, em uma época onde artistas brancos chegavam a pintar o rosto de preto para interpretar personagens negros.

Júlia Martins gravou discos e cilindros na década de 1900 e teve grande popularidade no Theatro São José durante a década de 1910.

Faleceu no Rio de Janeiro em outubro de 1932.



O RETRATO E A FLOR
Dueto
Gravado por Júlia Martins e Bahiano
Disco Odeon Record 120.436
Lançado em 1913



CIDADE NOVA E SACO DO ALFERES
Dueto de Bahiano e Ernesto Nazareth
Gravado por Júlia Martins e Bahiano
Disco Odeon Record 120.438
Lançado em 1913





A FLOR DA PITANGUEIRA
Lundu de Luz Jr.
Gravado por Júlia Martins
Acompanhamento de Orquestra
Disco Odeon Record 137.064
Lançado em 1913






PEPA DELGADO
(1886 – 1945)



PEPA DELGADO
Arquivo Marcelo Bonavides



Maria Pepa Delgado de Moraes nasceu em Piracicaba (SP), em 21 de julho de 1886.

Foi uma das mais famosas atrozes-cantoras do começo do século XX, iniciando sua carreira em 1900, antes de completar quatorze anos de idade.

Ao longo da década de 1900, gravou vários discos, aumentando sua popularidade, lançando sucessos como Vem Cá, Mulata, As Laranjas da Sabina, entre outros.

No Teatro Musicado da década de 1910, Pepa Delgado atingiu o estrelato, principalmente no Theatro São José, onde brilhou em peças como Forrobodó (1912) e A Sertaneja (1916).

Se afastaria da carreira em 1924, quando nasceu seu filho Heitor (1925 – 2001), da união com Almerindo Álvaro de Moraes.

Morando no bairro carioca do Encantado, Pepa Delgado era vizinha da cantora Aracy de Almeida e faleceu em 11 de março de 1945.



MAXIXE ARISTOCRÁTICO
Maxixe de José Nunes
Gravado por Pepa Delgado e Alfredo Silva
Acompanhamento de piano
Disco Odeon Record 40.224, matriz RX-161
Lançado em 1905
Da Revista “Cá e Lá”





O VATAPÁ (DO MAXIXE)
Maxixe de Paulino Sacramento
Gravado por Pepa Delgado e Mário Pinheiro
Acompanhamento de Orquestra
Disco Columbia B-31, matriz 11.644
Lançado em 1912
Da Revista “O Maxixe”



A COZINHEIRA
Cançoneta
Gravada por Pepa Delgado
Acompanhamento de Orquestra
Disco Columbia Record B-31, matriz 11.626
Lançado em 1912





ZAÍRA DE OLIVEIRA
(1900 – 1951)



ZAÍRA DE OLIVEIRA



Zaíra de Oliveira foi uma soprano brasileira, nascida no Rio de Janeiro em 01 de fevereiro de 1900. 

Em 1921, recebeu a Medalha de Ouro no então Instituto Nacional de Música, por ter tirado o primeiro lugar em sua turma. O restante do prêmio consistia em uma bolsa de estudos na Europa, porém, ela não o recebeu; muitos dizem que fora preconceito, por Zaíra ser negra.

Ao longo da década de 1920, Zaíra de Oliveira gravou vários discos, lançando sucessos como Cabeleira à La Garçonne e Dondoca, esta, ao lado de J. Gomes Jr.

Ela também seria professora de canto e uma cantora pioneira de nosso Rádio.

Na década de 1930 ainda gravou mais discos, inclusive cantando com Carmen Miranda em Sonhei que era Feliz, samba de Ary Barroso, mas a voz de Zaíra está muito baixa na gravação.

O maestro Villa-Lobos convidaria Zaíra para ela coordenar os corais que ele havia formado nesse período.

Ela se casaria com o compositor Donga (Ernesto dos Santos) no começo da década de 1930, sendo mãe da futura historiadora Lygia dos Santos.

Zaíra de Oliveira faleceu em 15 de agosto de 1951.



CABELEIRA À LA GARÇONNE
Fox Trot de Américo F. Guimarães e Pedro de Sá Pereira
Gravado por Zaíra de Oliveira
Disco Odeon Record 122.768
Lançado em 1925



EU SÓ QUERO É CONHECER
Cateretê Carnavalesco de Eduardo Souto
Gravado por Zaíra de Oliveira e Bahiano
Disco Odeon Record 122.799
Lançado em 1925





DONDOCA
Marcha Carnavalesca de José Francisco de Freitas
Gravada por Zaíra de Oliveira e J. Gomes Jr.
Disco Odeon Record 123.250, matriz 1095
Lançado em 1926






ARACY CÔRTES
(1904 – 1985)



ARACY CÔRTES
Arquivo Nirez



Zilda de Carvalho Espíndola nasceu no Rio de Janeiro em 31 de março de 1904.

Como Aracy Côrtes ela conquistaria o Teatro de Revista, sendo considerada uma de suas rainhas mais queridas.

Em 1925, gravou seus primeiros discos ainda na fase mecânica, pela Casa Edison. Já em 1928, na fase elétrica, voltaria a gravar, lançando sucessos como Jura e Linda Flor (Ai, Yoyô).

Ao longo de sua carreira no teatro musicado, Aracy Côrtes lançou compositores como Noel Rosa, Ary Barroso e Assis Valente, sempre interpretando as músicas que seriam sucesso de público, embora outros artistas a gravassem.

De meados da década de 1920 até o começo da década de 1940, reinou absoluta no Teatro de Revista, conquistando o coração de milhares de fãs.

Também atuou no rádio, inclusive na Rádio Nacional, cantando ou em programas humorísticos com Barbosa Jr.

Em 1965, retornou em grande estilo no espetáculo Rosa de Ouro, ao lado de Clementina de Jesus (que iniciava sua carreira) e Paulinho da Viola, entre outros bambas.

Aracy Côrtes faleceu aos 80 anos de idade, no Rio de Janeiro, em 08 de janeiro de 1985. No ano anterior, por ocasião de seus 80 anos, fez um show ao lado da cantora Marília Barbosa, sua herdeira artística.



YAYÁ (LINDA FLOR)
Canção Brasileira de Marques Porto Luiz Peixoto e Henrique Vogeler
Gravada por Aracy Côrtes
Acompanhamento da Orquestra Parlophon
Disco Parlophon 12.926-A, matriz 2366
Lançado em março de 1929





REMINISCÊNCIAS
Samba de Jota Soares e Carlos Medina
Gravado por Aracy Côrtes
Acompanhamento de Orquestra
Disco Columbia 22.024-B, matriz 381011
Lançado em maio de 1931



A MINHA DOR
Samba de Oscar Cardona
Gravado por Aracy Côrtes
Acompanhamento da Orquestra de Concertos Columbia
Disco Columbia 22.127-B, matriz 381263-3
Lançado em junho de 1932







ZAÍRA CAVALCANTI
(1913 – 1981)


ZAÍRA CAVALCANTI
Livro Viva O Rebolado, de Salvyano Cavalcanti de Paiva
Arquivo Marcelo Bonavides



Zaíra Baltazar Cavalcanti nasceu em Santa Maria (RS), em 01 de outubro de 1913.

Iniciou sua carreira artística ainda adolescente, em meados da década de 1920.

No começo de 1930, no Rio de Janeiro, atingiu o estrelato no Teatro de Revista ao interpretar a marcha de Ary Barroso, Dá Nela, na revista de mesmo nome.

Imediatamente, Zaíra Cavalcanti, ainda com 16 anos de idade, passou a figurar entre as grandes estrelas do teatro musicado, a exemplo de Aracy Côrtes.

Ainda em 1930, gravou seus primeiros discos, com muita desenvoltura, interpretando sambas, marchas e canções.

Muito bonita e com uma agradável voz, Zaíra Cavalcanti também atuaria no cinema, inclusive no filme argentino Luna de Miel em Río, de 1940, ao lado de Niní Marshall.

Atuaria em várias companhias, sendo estrela da Companhia Walter Pinto e também atuando na Companhia Vicente Celestino na década de 1950.

Um de seus últimos filmes foi Uma Pistola para Djeca, de 1970, ao lado do amigo Mazzaropi.

Zaíra Cavalcanti faleceu no Rio de Janeiro, no Retiro dos Artistas, em 12 de setembro de 1981.

  

POR QUE?
Samba de Olympio Bastos
Gravado por Zaíra Cavalcanti
Acompanhamento de Simão nacional Orquestra
Disco Parlophon 13.200-B, matriz 3739
Gravado em 1930 e lançado em setembro de 1930



CARANGUEJO TAMBÉM SOBE NO ARVOREDO
Samba de Mário Barros
Gravado por Zaíra Cavalcanti
Acompanhamento da Orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.255-A, matriz T-17
Lançado em janeiro de 1931



SEM QUERER
Samba de Ary Barroso, Marques Porto e Luiz Peixoto
Gravado por Zaíra Cavalcanti
Acompanhamento da Orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.255-B, matriz T-16
Lançado em janeiro de 1931





CARMEN MIRANDA
(1909 – 1955)



CARMEN MIRANDA
Arquivo Nirez



Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu em Porto (Portugal), em 09 de fevereiro de 1909. 

Veio ao Brasil com sua mãe e irmã mais velha com pouco mais de um ano de idade para encontrar o pai.

Em meados de 1928, Carmen Miranda começou a se apresentar publicamente, cantando tangos e canções brasileiras.

Em setembro de 1929 gravou seu primeiro disco, pela Brunswick, mas com a demora do mesmo em ser lançado no mercado, seu padrinho artístico, Josué de Barros, a levou para a Victor.

Na Victor, em fins de janeiro, Carmen Miranda se tornaria nacionalmente conhecida ao gravar a marcha canção de Joubert de Carvalho, Pra Você Gostar de Mim, mais conhecida por Taí. Logo, se tornaria a cantora mais popular do Brasil, influenciando muitas outras jovens cantoras.

De 1929 a 1939, foi a cantora que mais gravou em nosso país, passando pela Brunswick, Victor e Odeon.

Lançou vários clássicos musicais como Minha Embaixada Chegou, No Tabuleiro da Baiana, Uva de Caminhão, O Que é que a Baiana Tem?, entre dezenas de outros sucessos.

Em 1939, Carmen Miranda foi para os EUA em uma triunfante carreira, atuando em shows, cinema, teatros, televisão, passando a ser uma das mais famosas atrizes de Hollywood nos anos 40 e 50.

Carmen Miranda faleceria nos EUA, em 05 de agosto de 1955, sendo sepultada no Rio de Janeiro.



PARA UM SAMBA DE CADÊNCIA
Samba de Randoval Montenegro
Gravado por Carmen Miranda
Acompanhamento do Grupo do Canhoto
Disco Victor 33.579-B, matriz 65506-2
Gravado em 01 de junho de 1932 e lançado em agosto de 1932





HONRANDO UM NOME DE MULHER
Choro de Oswaldo Chaves Ribeiro (Gadé) e Walfrido Silva
Gravado por Carmen Miranda
Acompanhamento da Turma da Odeon
Disco Odeon 11.386-A, matriz 5358
Gravado em 19 de maio de 1936 e lançado em setembro de 1936





MEU RÁDIO E MEU MULATO
Choro de Herivelto Martins
Gravado por Carmen Miranda
Acompanhamento de Conjunto Regional
Disco Odeon 11.625-B, matriz 5819
Gravado em 02 de maio de 1938 e lançado em agosto de 1938







AURORA MIRANDA
(1915 – 2005)



AURORA MIRANDA
Arquivo Nirez



Aurora Miranda da Cunha Richaid nasceu em 20 de abril de 1915 no Rio de Janeiro.

Irmã da cantora Carmen Miranda, a acompanhava desde o início de sua carreira.

Em 1933, deu início à sua carreira artística, gravando seu primeiro disco ao lado de Francisco Alves, O Rei da Voz e cantor mais famoso da época.

Em pouco tempo Aurora Miranda passou a se destacar como cantora. Possuindo brilho e talento próprio, não ficou à sombra da irmã famosa e nunca rivalizou com ela.

Foi a segunda cantora brasileira a mais gravar na década de 1930, a primeira foi Carmen Miranda.

Entre os sucessos que Aurora Miranda lançou, está a histórica marcha Cidade Maravilhosa, de André Filho, gravada por ela e André para o Carnaval de 1935. Na década de 1960, Cidade Maravilhosa se tornaria o Hino Oficial da cidade do Rio de Janeiro.

Em 1940, casou-se com Gabriel Richaid, indo com ele para os EUA, onde continuou sua carreira artística, atuando em shows e filmes, como Você Já Foi à Bahia?, de 1944, sendo a primeira vez onde atores contracenam com desenho animado. 

No caso, Aurora contracena com Zé Carioca e Pato Donald, que se apaixona por ela.

Após o nascimento de seus filhos, foi se afastando de sua carreira como cantora, mas vez ou outra voltava a se apresentar, inclusive regravando antigos sucessos e lançado novos, como o samba canção Risque, de Ary Barroso, em 1952.

Aurora Miranda passou décadas divulgando e relembrando a carreira de sua irmã, Carmen Miranda (falecida em 1955). 

Graças a ela, pesquisadores e fãs tiveram informações preciosas sobre a carreira de Carmen.

Aurora Miranda faleceu aos 90 anos em 22 de dezembro de 2005, mesmo ano em que se completou os 60 anos de sua irmã Carmen Miranda.



SOU DA COMISSÃO DE FRENTE
Samba de Assis Valente
Gravado por Aurora Miranda
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 11.077-B, matriz 4739
Gravado em 26 de outubro de 1933 e lançado em janeiro de 1934





CIDADE MARAVILHOSA
Marcha de André Filho
Gravada por Aurora Miranda e André Filho
Acompanhamento da Orquestra Odeon
Disco Odeon 11.154-A, matriz 4901
Gravado em 04 de setembro de 1934 e lançado em outubro de 1934





NÃO HÁ NINGUÉM MAIS FELIZ QUE EU
Marcha de Alcyr Pirez Vermelho
Gravada por Aurora Miranda
Acompanhamento do Conjunto Odeon, sob a Direção de Simon Bountman
Disco Odeon 11.767-A, matriz 6122
Gravado em 09 de junho de 1939 e lançado em setembro de 1939







DIRCINHA BATISTA
(1922 – 1999)



DIRCINHA BATISTA
http://memoria.bn.br/



Dirce Grandino de Oliveira nasceu em São Paulo, em 07 de abril de 1922. Era filha do famoso ventríloquo Baptista Júnior e irmã da cantora Linda Batista.

Dircinha Batista brilhou como cantora desde os oito anos de idade quando, em 1930, gravou seu primeiro disco na Columbia, trazendo as músicas de seu pai, Baptista Júnior, Dircinha e Borboleta Azul, sendo acompanhada pelo maestro Gaó, Jonas e Zezinho. É ela quem se apresenta no início da gravação.

Sua carreira foi cercada de sucessos no disco, rádio cinema e shows. Atuou em filmes musicais ao longo dos anos 30, 40 e 50 e foi eleita Rainha do Rádio em 1948, recebendo a coroa de sua irmã, Linda Batista, que havia sido a rainha por onze anos consecutivos.

Dircinha Batista faleceu no Rio de Janeiro em 18 de junho de 1999, aos 77 anos.



JUSTIÇA
Samba Canção de Waldemar de Abreu (Dunga)
Gravado por Dircinha Batista
Acompanhamento do Grupo da Odeon
Disco Odeon 11.628-B, matriz 5871
Gravado em 20 de junho de 1938 e lançado em agosto de 1938





VIOLÃO QUE CHORA
Samba Canção de Antônio Nássara e Castro Barbosa
Gravado por Dircinha Batista
Acompanhamento da Orquestra Odeon
Disco Odeon 11.660-A, matriz 5926
Gravado em 15 de setembro de 1938 e lançado em novembro de 1938





NÃO FAÇO QUESTÃO
Samba de Eratóstenes Frazão
Gravado por Dircinha Batista
Acompanhamento da Orquestra Odeon
Disco Odeon 11.752-B, matriz 6097
Gravado em 19 de maio de 1939 e lançado em agosto de 1939






LINDA BATISTA
(1919 – 1988)



LINDA BATISTA
Arquivo Nirez



Florindo Grandino de Oliveira nasceu em 14 de junho de 1919, em São Paulo. Era filha de D. Neném e do grande ventríloquo Baptista Júnior, além de ser irmã de Odete e da cantora Dircinha Batista.

Ao longo das décadas de 30, 40 e 50, destacou-se como uma das maiores cantoras nacionais, sendo eleita a primeira Rainha do Rádio e mantido esse posto por onze (!) anos consecutivos.

Gravou muitas músicas de sucesso ao longo de sua carreira e também atuou no rádio, cinema, em shows e excursões, ampliando sua popularidade.

Linda Batista faleceu injustamente esquecida pela grande mídia e parte do público em 17 de abril de 1988, no Rio de Janeiro, pouco antes de completar 69 anos de idade.



QUEM SABE DA MINHA VIDA SOU EU
Samba de Russo do Pandeiro e Alfeu de Brito
Gravado por Linda Batista
Acompanhamento dos Diabos do Céu
Disco Victor 34.814-A, matriz S-52327
Gravado em 13 de agosto de 1941 e lançado em outubro de 1941





SALVE A BATUCADA
Samba de Chiquinho Sales, Buci Moreira e Carlos de Souza
Gravado por Linda Batista
Acompanhamento de Regional
Disco Victor 34.939-B, matriz S-052514
Gravado em 11 de maio de 1942 e lançado em julho de 1942





QUERO SAMBAR
Samba de Carlos de Souza e Nilo Silva
Gravado por Linda Batista
Acompanhamento de Regional
Disco Victor 80-0112-A, matriz S-052788-1
Gravado em 05 de junho de 1943 e lançado em setembro de 1943






ODETE AMARAL
(1917-1984) 



ODETE AMARAL
Arquivo Nirez



Odete Amaral nasceu em Niterói (RJ) em 28 de abril de 1917.
 
Gravou seu primeiro disco em 1936, na Odeon, com os sambas Palhaço, de Milton Amaral e Roberto Cunha, e Dengoso, Milton Amaral. Logo depois, ainda nesse mesmo ano, gravou na Victor, com a batucada Foi de Madrugada Colibri, ambas de Ary Barroso.
 
Em 1937, participou do filme Samba da Vida, cantando Luar do Morro.
Já havia participado, em 1936, do filme Bonequinha de Seda e, em 1961, de Samba em Brasília.
 
Em 1938, casou-se com o cantor Cyro Monteiro, com quem teve um filho, formando um dos mais famosos e populares casais de sua época. Porém, separaram-se em 1949.
 
Gravou em várias empresas, como a Odeon e Victor. Em 1968, ao lado de Carlos Cachaça, Cartola, Nelson Cavaquinho e Clementina de Jesus, Odete Amaral gravou o LP Fala, Mangueira!
 
Foi batizada pelo locutor César Ladeira como A Voz Tropical do Brasil.
 

Odete Amaral faleceu no Rio de Janeiro em 11 de outubro de 1984, uma quinta-feira, aos 67 anos de idade.


A BELA ADORMECIDA
Samba de Arlindo Marques Jr e Roberto Roberti
Gravado por Odete Amaral
Acompanhamento dos Diabos do Céu
Disco Victor 34.324-B, matriz 80766-1
Gravado em 26 de abril de 1938 e lançado em junho





SUSPIRO
Choro de Gadé e Almanir Grego
Gravado por Odete Amaral
Acompanhamento do Conjunto Regional RCA Victor
Disco Victor 34.435-A, matriz 33013-1
Gravado em 10 de março de 1939 e lançado em maio





MURMURANDO
Choro de Fon Fon e Mário Rossi
Gravado por Odete Amaral
Acompanhamento de Luperce Miranda e Seu Conjunto
Disco Odeon 12.501-A, matriz 7600
Gravado em 21 de junho de 1944 e lançado em outubro







CARMEN BARBOSA
(1912-1942)



CARMEN BARBOSA
Arquivo Nirez



 
Carmen Barbosa nasceu no Rio de Janeiro, no bairro do Catumbi, em 04 de setembro de 1912. 
 
Sua carreira teve início em 1932. Devido à sua boa voz, passou a fazer parte do coro nas gravações de Carmen Miranda, na Victor.
 
Ela começou no rádio em 01 de dezembro 1934, na Rádio Cruzeiro do Sul, indo depois para a Rádio Tupi.
 
Sua oportunidade surgiu em 23 de dezembro de 1934, quando foi chamada a substituir a cantora Madelou de Assis, que havia faltado um programa de rádio por estar doente.
 
Estreou na gravadora Columbia com o pé direito, interpretando dois sambas da autoria de Pixinguinha e Cícero de Almeida, o Baiano (não confundir com o cantor da Casa Edison). Gravou também alguns discos na Victor e um na Odeon. Entre os compositores que gravou, só havia bambas: Herivelto Martins, Buci Moreira, Roberto Martins, Zé Pretinho, Benedito Lacerda, só para citar alguns
 

Faleceu em 03 de setembro de 1942, no Rio de Janeiro, um dia antes de seu 30º aniversário.


QUANDO A VIOLETA SE CASOU

Marcha de João de Barro, Alberto Ribeiro e Alcyr Pires Vermelho
Gravada por Carmen Barbosa
Acompanhamento de Fon Fon e Sua Orquestra
Disco Columbia 55.186-A, matriz 228-1
Gravado em 08 de novembro de 1939 e lançado em dezembro de 1939




VEJO O SOL NO HORIZONTE
Samba de Adolfo Teixeira
Gravado por Carmen Barbosa
Acompanhamento de Pixinguinha e Sua Orquestra
Disco Columbia 8.155-B, matriz 1090
Gravado e lançado em 1935





QUANDO LEMBRARES DESTE AMOR
Samba de Adolfo Teixeira
Gravado por Carmen Barbosa
Acompanhamento de Pixinguinha e Sua Orquestra
Disco Columbia 8.155-B, matriz 1091
Gravado e lançado em 1935







ARACY DE ALMEIDA
(1914 – 1988)



ARACY DE ALMEIDA
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Aracy Teles de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 19 de agosto de 1914.
Iniciou sua carreira artística em 1933, cantando na Rádio Educadora. Nesses primeiros tempos, imitava Carmen Miranda, como várias outras cantoras iniciantes. Porém, logo descobriu seu estilo, que a destacaria entre as grandes cantoras de nosso país.

Em 1934 gravou seu primeiro disco na Columbia. Em dezembro desse mesmo ano, gravou a primeira música de seu grande amigo, o compositor Noel Rosa, o samba Riso de Criança. Gravaria ainda várias composições de Noel ao longo dos anos 30, enquanto o compositor era vivo. Ao lado de Marília Batista, Aracy de Almeida é considerada a melhor intérprete de Noel Rosa.

Na década de 1950, Aracy de Almeida foi responsável por trazer de volta o nome de Noel Rosa aos meios musicais. Falecido em 1937, aos 26 anos de idade, Noel deixou uma vasta obra que seria regravada ao longo dos tempos. Coube à Aracy de Almeida, em 1950, dar início a essas regravações. Pela Continental ela gravaria em 1950 e 1951 dez músicas de Noel Rosa, algumas em parceria com Osvaldo Gogliano, o Vadico. Algumas delas receberam arranjos de Radamés Gnatalli.

Aracy de Almeida faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de junho de 1988, aos 73 anos de idade.



ÚLTIMO DESEJO
Samba de Noel Rosa
Gravado por Aracy de Almeida
Acompanhamento dos Boêmios da Cidade
Disco Victor 34.296-A, matriz 80511-1
Gravado em 01 de julho de 1937 e lançado em março de 1938





DIZEM POR AÍ
Samba de Waldemar de Abreu (Dunga)
Gravado por Aracy de Almeida
Acompanhamento do Conjunto RCA Victor
Disco Victor 34.321-B, matriz 80761-1
Gravado em 20 de abril de 1938





MAMÃE BAIANA
Canção Regional de Joracy Camargo e Xerém
Gravada por Aracy de ALmeida
Acompanhamento de Regional
Disco Victor 34.586-A, matriz 33322-1
Gravado em 14 de fevereiro de 1940 e lançado em abril de 1940





EMILINHA BORBA
(1923-2005)



EMILINHA BORBA
http://memoria.bn.br



 
Nascida no Rio de Janeiro em 31 de agosto de 1923, Emília Savana da Silva Borba iniciaria sua carreira no final da década de 1930, sendo descoberta por Carmen Miranda.
 
NO final da década de 1930, começou a fazer parte dos coros das gravações da Columbia. Nessa época, formou uma dupla com Bidú Reis (Edila Luísa Reis), As Moreninhas, apresentando-se em várias rádios por um ano e meio. Quando a dupla se desfez, ela seria logo contratada pela Rádio Mayrink Veiga, recebendo de César Ladeira o slogan Garota Nota Dez.
 
Emilinha Borba gravou seu primeiro disco em 1939, na Columbia, fazendo uma participação na marcha Pirulito, de João de Barro, cantada pelo cantor Nilton Paz.
 
Seu primeiro disco solo também foi gravado em 1939, na Columbia, trazendo o samba choro Faça o Mesmo, de Nássara e Frazão, e o samba Ninguém Escapa..., de Frazão. No selo, seu nome aparecia como Emília Borba.
 
Emilinha Borba foi uma das cantoras mais queridas e populares do Brasil em todos os tempos, sendo querida até os dias de hoje por novas gerações que se encantam ao descobrir seu talento. Ela participaria de vários filmes e seria eleita Rainha do Rádio em 1953.
 
Feleceu no Rio de Janeiro, em 03 de outubro de 2005, aos 82 anos de idade.



FAÇA O MESMO
Samba Choro de Eratóstenes Frazão e Antônio Nássara
Gravado por Emilinha Borba
Acompanhamento de Benedito Lacerda e Seu Conjunto Regional
Disco Columbia 55.048-A, matriz 145-1
Gravado em 02 de março de 1939 e lançado em maio de 1939





ESCANDALOSA
Rumba de Djalma Esteves e Moacir Silva
Gravada por Emilinha Borba
Acompanhamento de Chiquinho e Sua Orquestra
Disco Continental 15.784-A, matriz 1667-2
Gravado em 28 de maio de 1947 e lançado em junho





CHIQUITA BACANA
Marcha de Alberto Ribeiro e João de Barro
Gravada por Emilinha Borba
Acompanhamento de Conjunto Regional
Disco Continental 15.979-A, matriz 2001
Lançado em janeiro de 1949



   



MARLENE
(1922-2014)



MARLENE
Arquivo Nirez




Vitória Bonaiutti De Martino nasceu em São Paulo (SP), em 22 de novembro de 1922.
 
Aos treze anos de idade, estreou como cantora no programa Hora do Estudante, na Rádio Bandeirantes de São Paulo. Profissionalmente, estreou em 1940 na Rádio Tupi, adotando na ocasião o nome artístico de Marlene, em homenagem à atriz Marlene Dietrich.  
 
Ainda em 1940, mudou-se para o Rio de Janeiro onde começou a atuar no Cassino da Urca e na Rádio Globo.
 
Em 1944, estreou no cinema, atuando no filme Corações sem Piloto, de Luís de Barros. Em 1945, apareceu em Pif-Paf, filme de Ademar Gonzaga e Luís de barros.
 
Marlene estreou no disco em 1946, pela Odeon, gravando com o conjunto Brazilian Serenaders, dirigido por Carlos Machado, o samba choro Swing no Morro, de Amado Régis e Felisberto Martins, e o samba Ginga, ginga Moreno, de João de Deus e H Nascimento.
 
Em 1949 foi eleita Rainha do Rádio, no concurso promovido pela Associação Brasileira de Rádio (ABR), recebendo a coroa e o cetro de Dircinha Batista. 
 
Marlene também era atriz, destacando-se no cinema e no teatro.
 
Era casada com o ator Luís Delfino, com quem contracenou em 1952 no filme Tudo Azul, ao lado de Laura Suarez.
 
Marlene foi uma de nossas maiores cantoras, tendo se destacado desde os anos 40, atingiu seu apogeu no rádio na década de 1950. Porém, seu prestígio e talento mantiveram-se pelas décadas seguintes, sendo reverenciada e admirada por novas gerações. 

Marlene faleceu em 13 de junho de 2014, no Rio de Janeiro, aos 91 anos de idade.



COITADINHO DO PAPAI
Marcha de Henrique de Almeida e M. Garcez
Gravada por Marlene
Acompanhamento de Raul e Seu Regional
Disco Odeon 12.757-A, matriz 8142
Gravado em 05 de dezembro de 1946 e lançado em fevereiro de 1947





SE É PECADO SAMBAR
Samba de Manoel Santana
Gravado por Marlene
Acompanhamento de Severino Araújo e Sua Orquestra Tabajara
Disco Continental 16.148-B, matriz 2194
Gravado em 18 de novembro de 1949 e lançado em janeiro de 1950





JARRO D´ÁGUA
Samba Choro de Assis Valente
Gravado por Marlene
Acompanhamento de Lírio Panicali e Sua Orquestra
Disco Sinter 541-A, matriz S-1172-L
Lançado em abril de 1957








INEZITA BARROSO
(1925 – 2015)



INEZITA BARROSO


Ignês Madalena Aranha de Lima nasceu em São Paulo, em 04 de março de 1925. Também era violeira, arranjadora, atriz, professora, Doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa, apresentando até o fim de sua vida o programa Viola, Minha Viola, na TV Cultura.

Inezita Barroso foi uma popular cantora dos anos 50 e 60, atuando no rádio e no disco, pesquisando e divulgando nosso folclore, continuando um trabalho iniciado na década de 1920 pelas cantoras-pesquisadoras Elsie Houston, Olga Praguer Coelho, Helena de Magalhães Castro e Stefana de Macedo.


Inezita Barroso faleceu em 08 de março de 2015, quatro dias depois de completar 90 anos de idade.


MARVADA PINGA
Moda de Viola de Laureano
Gravada por Inezita Barroso
Acompanhamento de Conjunto
Disco RCA Victor 80-1217-A, matriz BE3-VB-0223
Gravado em 03 de agosto de 1953 e lançado em novembro de 1953





RONDA
Samba de Paulo Vanzolini
Gravado por Inezita Barroso
Acompanhamento de Conjunto
Disco RCA Victor 80-1217-B, matriz BE3-VB-0224
Gravado em 03 de agosto de 1953 e lançado em novembro de 1953





TAIEIRAS
Baião, arranjo de Guerra Peixe
Gravado por Inezita Barroso
Acompanhamento de Orquestra
Disco RCA Victor 80-1315-A, matriz BE4-VB-0383
Gravado em 30 de março de 1954 e lançado em agosto de 1954









HEBE CAMARGO
(1929 – 2012)



HEBE CAMARGO
http://memoria.bn.br/



Hebe Camargo nasceu em Taubaté (SP), em 08 de março de 1929, sendo filha do violonista Sigesfredo Monteiro de Camargo.

Iniciou sua carreira artística como cantora na década de 1940, em São Paulo. Estreou no disco em 1950, gravando na Odeon, sendo uma das mais populares cantoras dessa década.

Pioneira na televisão, Hebe Camargo foi considerada a maior apresentadora de TV de nossa história, comandando vários programas ao longo das décadas. O mais conhecido foi o Programa Hebe Camargo, no SBT.


Hebe Camargo faleceu em São Paulo, em 29 de setembro de 2012, aos 83 anos de idade.



BAIÃO CAÇULA
Baião de Mário Genari Filho e Felipe Tedesco
Gravado por Hebe Camargo
Acompanhamento de Regional
Disco Odeon 13.289-A, matriz 9317
Gravado em 28 de maio de 1952 e lançado em julho de 1952





SONHANDO CONTIGO
Bolero de Sidney Morais
Gravado por Hebe Camargo
Acompanhamento de Orquestra
Disco Odeon 13.432-B, matriz 9405
Gravado em 29 de agosto de 1952 e lançado em maio de 1953





NEM EU
Samba Canção de Dorival Caymmi
Gravado por Hebe Camargo
Acompanhamento de Osvaldo Borba e Sua Orquestra
Disco Odeon 13.462-A, matriz 9676
Gravado em 17 de abril de 1953 e lançado em julho de 1953
















Agradecimento a Dijalma Candido e ao Arquivo Nirez













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