Em
homenagem ao Dia Internacional da Mulher, trago doze grandes artistas e grandes mulheres, intérpretes de nossa música popular.
Confiram
Júlia Martins, Pepa Delgado, Zaíra de Oliveira, Aracy Côrtes, Zaíra Cavalcanti,
Carmen Miranda, Aurora Miranda, Dircinha Batista, Linda Batista, Aracy de
Almeida, Hebe Camargo e Inezita Barroso.
JÚLIA MARTINS
(1886 – 1932)
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JÚLIA MARTINS Cedoc-Funarte |
Júlia Martins nasceu no Rio de Janeiro em 20 de
abril de 1886, sendo uma das mais populares atrizes-cantoras das primeiras
décadas do século XX.
Iniciou sua carreira ainda criança, no final do
século XIX, interpretando peças adultas adaptadas a elencos infantis.
Foi uma das, se não a primeira, artista negra a se
profissionalizar nos palcos brasileiros, em uma época onde artistas brancos
chegavam a pintar o rosto de preto para interpretar personagens negros.
Júlia Martins gravou discos e cilindros na década de
1900 e teve grande popularidade no Theatro São José durante a década de 1910.
Faleceu no Rio de Janeiro em outubro de 1932.
O RETRATO E A FLOR
Dueto
Gravado por Júlia Martins e Bahiano
Disco Odeon Record 120.430
Lançado em 1913
CIDADE NOVA E SACO DO ALFERES
Dueto de Bahiano e Ernesto Nazareth
Gravado por Júlia Martins e Bahiano
Disco Odeon Record 120.438
Lançado em 1913
A FLOR DA PITANGUEIRA
Lundu de Luz Jr.
Gravado por Júlia Martins
Acompanhamento de Orquestra
Disco Odeon Record 137.064
Lançado em 1913
PEPA DELGADO
(1886 – 1945)
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PEPA DELGADO Arquivo Marcelo Bonavides |
Maria Pepa Delgado de Moraes nasceu em Piracicaba
(SP), em 21 de julho de 1886.
Foi uma das mais famosas atrozes-cantoras do começo
do século XX, iniciando sua carreira em 1900, antes de completar quatorze anos
de idade.
Ao longo da década de 1900, gravou vários discos,
aumentando sua popularidade, lançando sucessos como Vem Cá, Mulata, As Laranjas
da Sabina, entre outros.
No Teatro Musicado da década de 1910, Pepa Delgado
atingiu o estrelato, principalmente no Theatro São José, onde brilhou em peças
como Forrobodó (1912) e A Sertaneja (1916).
Se afastaria da carreira em 1924, quando nasceu seu
filho Heitor (1925 – 2001), da união com Almerindo Álvaro de Moraes.
Morando no bairro carioca do Encantado, Pepa Delgado
era vizinha da cantora Aracy de Almeida e faleceu em 11 de março de 1945.
MAXIXE ARISTOCRÁTICO
Maxixe de
José Nunes
Gravado por
Pepa Delgado e Alfredo Silva
Acompanhamento
de piano
Disco Odeon
Record 40.224, matriz RX-161
Lançado em
1905
Da Revista
“Cá e Lá”
O VATAPÁ (DO MAXIXE)
Maxixe de Paulino
Sacramento
Gravado por
Pepa Delgado e Mário Pinheiro
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Columbia B-31, matriz 11.644
Lançado em
1912
Da Revista “O
Maxixe”
A COZINHEIRA
Cançoneta
Gravada por
Pepa Delgado
Acompanhamento
de Orquestra
Disco
Columbia Record B-31, matriz 11.626
Lançado em
1912
ZAÍRA DE OLIVEIRA
(1900 – 1951)
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ZAÍRA DE OLIVEIRA |
Zaíra de Oliveira foi uma soprano brasileira,
nascida no Rio de Janeiro em 01 de fevereiro de 1900. Em 1921, recebeu a
Medalha de Ouro no então Instituto Nacional de Música, por ter tirado o
primeiro lugar em sua turma. O restante do prêmio consistia em uma bolsa de
estudos na Europa, porém, ela não o recebeu; muitos dizem que fora preconceito,
por Zaíra ser negra.
Ao longo da década de 1920, Zaíra de Oliveira gravou
vários discos, lançando sucessos como Cabeleira à La Garçonne e Dondoca,
esta, ao lado de J. Gomes Jr.
Ela também seria professora de canto e uma cantora
pioneira de nosso Rádio.
Na década de 1930 ainda gravou mais discos,
inclusive cantando com Carmen Miranda em Sonhei que era Feliz, samba de
Ary Barroso, mas a voz de Zaíra está muito baixa na gravação.
O maestro Villa-Lobos convidaria Zaíra para ela
coordenar os corais que ele havia formado nesse período.
Ela se casaria com o compositor Donga (Ernesto dos
Santos) no começo da década de 1930, sendo mãe da futura historiadora Lygia dos
Santos.
Zaíra de Oliveira faleceu em 15 de agosto de 1951.
CABELEIRA À LA GARÇONNE
Fox Trot de Américo F. Guimarães e Pedro de Sá
Pereira
Gravado por Zaíra de Oliveira
Disco Odeon Record 122.768
Lançado em 1925
EU SÓ QUERO É CONHECER
Cateretê Carnavalesco de Eduardo Souto
Gravado por Zaíra de Oliveira e Bahiano
Disco Odeon Record 122.799
Lançado em 1925
DONDOCA
Marcha Carnavalesca de José Francisco de Freitas
Gravada por Zaíra de Oliveira e J. Gomes Jr.
Disco Odeon Record 123.250, matriz 1095
Lançado em 1926
ARACY CÔRTES
(1904 – 1985)
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ARACY CÔRTES Arquivo Nirez |
Zilda de Carvalho Espíndola nasceu no Rio de Janeiro
em 31 de março de 1904. Como Aracy Côrtes ela conquistaria o Teatro de Revista,
sendo considerada uma de suas rainhas mais queridas.
Em 1925, gravou seus primeiros discos ainda na fase
mecânica, pela Casa Edison. Já em 1928, na fase elétrica, voltaria a gravar,
lançando sucessos como Jura e Linda Flor (Ai, Yoyô).
Ao longo de sua carreira no teatro musicado, Aracy
Côrtes lançou compositores como Noel Rosa, Ary Barroso e Assis Valente, sempre
interpretando as músicas que seriam sucesso de público, embora outros artistas
a gravassem.
De meados da década de 1920 até o começo da década
de 1940, reinou absoluta no Teatro de Revista, conquistando o coração de
milhares de fãs.
Também atuou no rádio, inclusive na Rádio Nacional,
cantando ou em programas humorísticos com Barbosa Jr.
Em 1965, retornou em grande estilo no espetáculo
Rosa de Ouro, ao lado de Clementina de Jesus (que iniciava sua carreira) e
Paulinho da Viola, entre outros bambas.
Aracy Côrtes faleceu aos 80 anos de idade, no Rio de
Janeiro, em 08 de janeiro de 1985. No ano anterior, por ocasião de seus 80
anos, fez um show ao lado da cantora Marília Barbosa, sua herdeira artística.
YAYÁ (LINDA FLOR)
Canção Brasileira de Marques Porto Luiz Peixoto e
Henrique Vogeler
Gravada por Aracy Côrtes
Acompanhamento da Orquestra Parlophon
Disco Parlophon 12.926-A, matriz 2366
Lançado em março de 1929
REMINISCÊNCIAS
Samba de Jota Soares e Carlos Medina
Gravado por Aracy Côrtes
Acompanhamento de Orquestra
Disco Columbia 22.024-B, matriz 381011
Lançado em maio de 1931
A MINHA DOR
Samba de Oscar Cardona
Gravado por Aracy Côrtes
Acompanhamento da Orquestra de Concertos Columbia
Disco Columbia 22.127-B, matriz 381263-3
Lançado em junho de 1932
ZAÍRA CAVALCANTI
(1913 – 1981)
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ZAÍRA CAVALCANTI Livro Viva O Rebolado, de Salvyano Cavalcanti de Paiva Arquivo Marcelo Bonavides |
Zaíra Baltazar Cavalcanti nasceu em Santa Maria
(RS), em 01 de outubro de 1913.
Iniciou sua carreira artística ainda adolescente, em
meados da década de 1920.
No começo de 1930, no Rio de Janeiro, atingiu o
estrelato no Teatro de Revista ao interpretar a marcha de Ary Barroso, Dá Nela,
na revista de mesmo nome. Imediatamente, Zaíra Cavalcanti, ainda com 16 anos de
idade, passou a figurar entre as grandes estrelas do teatro musicado, a exemplo
de Aracy Côrtes.
Ainda em 1930, gravou seus primeiros discos, com
muita desenvoltura, interpretando sambas, marchas e canções.
Muito bonita e com uma agradável voz, Zaíra
Cavalcanti também atuaria no cinema, inclusive no filme argentino Luna de Miel em
Río, de 1940, ao lado de Niní Marshall.
Atuaria em várias companhias, sendo estrela da
Companhia Walter Pinto e também atuando na Companhia Vicente Celestino na
década de 1950.
Um de seus últimos filmes foi Uma Pistola para
Djeca, de 1970, ao lado do amigo Mazzaropi.
Zaíra Cavalcanti faleceu no Rio de Janeiro, no
Retiro dos Artistas, em 12 de setembro de 1981.
POR QUE?
Samba de Olympio Bastos
Gravado por Zaíra Cavalcanti
Acompanhamento de Simão nacional Orquestra
Disco Parlophon 13.200-B, matriz 3739
Gravado em 1930 e lançado em setembro de 1930
CARANGUEJO TAMBÉM SOBE NO ARVOREDO
Samba de Mário Barros
Gravado por Zaíra Cavalcanti
Acompanhamento da Orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.255-A, matriz T-17
Lançado em janeiro de 1931
SEM QUERER
Samba de Ary Barroso, Marques Porto e Luiz Peixoto
Gravado por Zaíra Cavalcanti
Acompanhamento da Orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.255-B, matriz T-16
Lançado em janeiro de 1931
CARMEN MIRANDA
(1909 – 1955)
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CARMEN MIRANDA Arquivo Nirez |
Maria do Carmo Miranda da Cunha nasceu em Porto
(Portugal), em 09 de fevereiro de 1909. Veio ao Brasil com sua mãe e irmã mais
velha com pouco mais de um ano de idade para encontrar o pai.
Em meados de 1928, Carmen Miranda começou a se
apresentar publicamente, cantando tangos e canções brasileiras.
Em setembro de 1929 gravou seu primeiro disco, pela
Brunswick, mas com a demora do mesmo em ser lançado no mercado, seu padrinho
artístico, Josué de Barros, a levou para a Victor.
Na Victor, em fins de janeiro, Carmen Miranda se
tornaria nacionalmente conhecida ao gravar a marcha canção de Joubert de
Carvalho, Pra Você Gostar de Mim, mais conhecida por Taí. Logo,
se tornaria a cantora mais popular do Brasil, influenciando muitas outras
jovens cantoras.
De 1929 a 1939, foi a cantora que mais gravou em
nosso país, passando pela Brunswick, Victor e Odeon.
Lançou vários clássicos musicais como Minha
Embaixada Chegou, No Tabuleiro da Baiana, Uva de Caminhão, O
Que é que a Baiana Tem?, entre dezenas de outros sucessos.
Em 1939, Carmen Miranda foi para os EUA em uma
triunfante carreira, atuando em shows, cinema, teatros, televisão, passando a
ser uma das mais famosas atrizes de Hollywood nos anos 40 e 50.
Carmen Miranda faleceria nos EUA, em 05 de agosto de
1955, sendo sepultada no Rio de Janeiro.
PARA UM SAMBA DE CADÊNCIA
Samba de Randoval Montenegro
Gravado por Carmen Miranda
Acompanhamento do Grupo do Canhoto
Disco Victor 33.579-B, matriz 65506-2
Gravado em 01 de junho de 1932 e lançado em agosto
de 1932
HONRANDO UM NOME DE MULHER
Choro de Oswaldo Chaves Ribeiro (Gadé) e Walfrido
Silva
Gravado por Carmen Miranda
Acompanhamento da Turma da Odeon
Disco Odeon 11.386-A, matriz 5358
Gravado em 19 de maio de 1936 e lançado em setembro
de 1936
MEU RÁDIO E MEU MULATO
Choro de Herivelto Martins
Gravado por Carmen Miranda
Acompanhamento de Conjunto Regional
Disco Odeon 11.625-B, matriz 5819
Gravado em 02 de maio de 1938 e lançado em agosto de
1938
AURORA MIRANDA
(1915 – 2005)
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AURORA MIRANDA Arquivo Nirez |
Aurora Miranda da Cunha Richaid nasceu em 20 de
abril de 1915 no Rio de Janeiro.
Irmã da cantora Carmen Miranda, a acompanhava desde
o início de sua carreira. Em 1933, deu início à sua carreira artística, gravando
seu primeiro disco ao lado de Francisco Alves, O Rei da Voz e cantor
mais famoso da época.
Em pouco tempo Aurora Miranda passou a se destacar
como cantora. Possuindo brilho e talento próprio, não ficou à sombra da irmã
famosa e nunca rivalizou com ela.
Foi a segunda cantora brasileira a mais gravar na
década de 1930, a primeira foi Carmen Miranda.
Entre os sucessos que Aurora Miranda lançou, está a
histórica marcha Cidade Maravilhosa, de André Filho, gravada por ela e
André para o Carnaval de 1935. Na década de 1960, Cidade Maravilhosa se
tornaria o Hino Oficial da cidade do Rio de Janeiro.
Em 1940, casou-se com Gabriel Richaid, indo com ele
para os EUA, onde continuou sua carreira artística, atuando em shows e filmes,
como Você Já Foi à Bahia?, de 1944, sendo a primeira vez onde atores
contracenam com desenho animado. No caso, Aurora contracena com Zé Carioca e
Pato Donald, que se apaixona por ela.
Após o nascimento de seus filhos, foi se afastando
de sua carreira como cantora, mas vez ou outra voltava a se apresentar,
inclusive regravando antigos sucessos e lançado novos, como o samba canção Risque,
de Ary Barroso, em 1952.
Aurora Miranda passou décadas divulgando e relembrando
a carreira de sua irmã, Carmen Miranda (falecida em 1955). Graças a ela,
pesquisadores e fãs tiveram informações preciosas sobre a carreira de Carmen.
Aurora Miranda faleceu aos 90 anos em 22 de dezembro
de 2005, mesmo ano em que se completou os 60 anos de sua irmã Carmen Miranda.
SOU DA COMISSÃO DE FRENTE
Samba de Assis Valente
Gravado por Aurora Miranda
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 11.077-B, matriz 4739
Gravado em 26 de outubro de 1933 e lançado em
janeiro de 1934
CIDADE MARAVILHOSA
Marcha de André Filho
Gravada por Aurora Miranda e André Filho
Acompanhamento da Orquestra Odeon
Disco Odeon 11.154-A, matriz 4901
Gravado em 04 de setembro de 1934 e lançado em
outubro de 1934
NÃO HÁ NINGUÉM MAIS FELIZ QUE EU
Marcha de Alcyr Pirez Vermelho
Gravada por Aurora Miranda
Acompanhamento do Conjunto Odeon, sob a Direção de
Simon Bountman
Disco Odeon 11.767-A, matriz 6122
Gravado em 09 de junho de 1939 e lançado em setembro
de 1939
DIRCINHA BATISTA
(1922 – 1999)
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DIRCINHA BATISTA http://memoria.bn.br/ |
Dirce Grandino de Oliveira nasceu em São Paulo, em
07 de abril de 1922. Era filha do famoso ventríloquo Baptista Júnior e irmã da
cantora Linda Batista.
Dircinha Batista brilhou como cantora desde os oito
anos de idade quando, em 1930, gravou seu primeiro disco na Columbia, trazendo
as músicas de seu pai, Baptista Júnior, Dircinha e Borboleta
Azul, sendo acompanhada pelo maestro Gaó, Jonas e Zezinho. É ela quem se
apresenta no início da gravação.
Sua carreira foi cercada de sucessos no disco, rádio
cinema e shows. Atuou em filmes musicais ao longo dos anos 30, 40 e 50 e foi
eleita Rainha do Rádio em 1948, recebendo a coroa de sua irmã, Linda
Batista, que havia sido a rainha por onze anos consecutivos.
Dircinha Batista faleceu no Rio de Janeiro em 18 de junho
de 1999, aos 77 anos.
JUSTIÇA
Samba Canção de Waldemar de Abreu (Dunga)
Gravado por Dircinha Batista
Acompanhamento do Grupo da Odeon
Disco Odeon 11.628-B, matriz 5871
Gravado em 20 de junho de 1938 e lançado em agosto
de 1938
VIOLÃO QUE CHORA
Samba Canção de Antônio Nássara e Castro Barbosa
Gravado por Dircinha Batista
Acompanhamento da Orquestra Odeon
Disco Odeon 11.660-A, matriz 5926
Gravado em 15 de setembro de 1938 e lançado em
novembro de 1938
NÃO FAÇO QUESTÃO
Samba de Eratóstenes Frazão
Gravado por Dircinha Batista
Acompanhamento da Orquestra Odeon
Disco Odeon 11.752-B, matriz 6097
Gravado em 19 de maio de 1939 e lançado em agosto de
1939
LINDA BATISTA
(1919 – 1988)
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LINDA BATISTA Arquivo Nirez |
Florindo Grandino de Oliveira nasceu em 14 de junho
de 1919, em São Paulo. Era filha de D. Neném e do grande ventríloquo Baptista
Júnior, além de ser irmã de Odete e da cantora Dircinha Batista.
Ao longo das décadas de 30, 40 e 50, destacou-se
como uma das maiores cantoras nacionais, sendo eleita a primeira Rainha do
Rádio e mantido esse posto por onze (!) anos consecutivos.
Gravou muitas músicas de sucesso ao longo de sua
carreira e também atuou no rádio, cinema, em shows e excursões, ampliando sua
popularidade.
Linda Batista faleceu injustamente esquecida pela
grande mídia e parte do público em 17 de abril de 1988, no Rio de Janeiro,
pouco antes de completar 69 anos de idade.
QUEM SABE DA MINHA VIDA SOU EU
Samba de Russo do Pandeiro e Alfeu de Brito
Gravado por Linda Batista
Acompanhamento dos Diabos do Céu
Disco Victor 34.814-A, matriz S-52327
Gravado em 13 de agosto de 1941 e lançado em outubro
de 1941
SALVE A BATUCADA
Samba de Chiquinho Sales, Buci Moreira e Carlos de
Souza
Gravado por Linda Batista
Acompanhamento de Regional
Disco Victor 34.939-B, matriz S-052514
Gravado em 11 de maio de 1942 e lançado em julho de
1942
QUERO SAMBAR
Samba de Carlos de Souza e Nilo Silva
Gravado por Linda Batista
Acompanhamento de Regional
Disco Victor 80-0112-A, matriz S-052788-1
Gravado em 05 de junho de 1943 e lançado em setembro
de 1943
ARACY DE ALMEIDA
(1914 – 1988)
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ARACY DE ALMEIDA http://memoria.bn.br/ |
Aracy Teles de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em
19 de agosto de 1914.
Iniciou sua carreira artística em 1933, cantando na
Rádio Educadora. Nesses primeiros tempos, imitava Carmen Miranda, como várias
outras cantoras iniciantes. Porém, logo descobriu seu estilo, que a destacaria
entre as grandes cantoras de nosso país.
Em 1934 gravou seu primeiro disco na Columbia. Em
dezembro desse mesmo ano, gravou a primeira música de seu grande amigo, o
compositor Noel Rosa, o samba Riso de Criança. Gravaria ainda várias
composições de Noel ao longo dos anos 30, enquanto o compositor era vivo. Ao
lado de Marília Batista, Aracy de Almeida é considerada a melhor intérprete de
Noel Rosa.
Na década de 1950, Aracy de Almeida foi responsável
por trazer de volta o nome de Noel Rosa aos meios musicais. Falecido em 1937,
aos 26 anos de idade, Noel deixou uma vasta obra que seria regravada ao longo
dos tempos. Coube à Aracy de Almeida, em 1950, dar início a essas regravações.
Pela Continental ela gravaria em 1950 e 1951 dez músicas de Noel Rosa, algumas
em parceria com Osvaldo Gogliano, o Vadico. Algumas delas receberam arranjos de
Radamés Gnatalli.
Aracy de Almeida faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de
junho de 1988, aos 73 anos de idade.
ÚLTIMO DESEJO
Samba de Noel Rosa
Gravado por Aracy de Almeida
Acompanhamento dos Boêmios da Cidade
Disco Victor 34.296-A, matriz 80511-1
Gravado em 01 de julho de 1937 e lançado em março de
1938
DIZEM POR AÍ
Samba de Waldemar de Abreu (Dunga)
Gravado por Aracy de Almeida
Acompanhamento do Conjunto RCA Victor
Disco Victor 34.321-B, matriz 80761-1
Gravado em 20 de abril de 1938
MAMÃE BAIANA
Canção Regional de Joracy Camargo e Xerém
Gravada por Aracy de ALmeida
Acompanhamento de Regional
Disco Victor 34.586-A, matriz 33322-1
Gravado em 14 de fevereiro de 1940 e lançado em
abril de 1940
INEZITA
BARROSO
(1925
– 2015)
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INEZITA BARROSO |
Ignês Madalena Aranha de Lima nasceu em São Paulo,
em 04 de março de 1925. Também era violeira, arranjadora, atriz, professora,
Doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa,
apresentando até o fim de sua vida o programa Viola, Minha Viola, na TV
Cultura.
Inezita Barroso foi uma popular cantora dos anos 50
e 60, atuando no rádio e no disco, pesquisando e divulgando nosso folclore,
continuando um trabalho iniciado na década de 1920 pelas cantoras-pesquisadoras
Elsie Houston, Olga Praguer Coelho, Helena de Magalhães Castro e Stefana de
Macedo.
Inezita Barroso faleceu em 08 de março de 2015,
quatro dias depois de completar 90 anos de idade.
MARVADA PINGA
Moda de Viola de Laureano
Gravada por Inezita Barroso
Acompanhamento de Conjunto
Disco RCA Victor 80-1217-A, matriz BE3-VB-0223
Gravado em 03 de agosto de 1953 e lançado em novembro de 1953
RONDA
Samba de Paulo Vanzolini
Gravado por Inezita Barroso
Acompanhamento de Conjunto
Disco RCA Victor 80-1217-B, matriz BE3-VB-0224
Gravado em 03 de agosto de 1953 e lançado em novembro de 1953
TAIEIRAS
Baião, arranjo de Guerra Peixe
Gravado por Inezita Barroso
Acompanhamento de Orquestra
Disco RCA Victor 80-1315-A, matriz BE4-VB-0383
Gravado em 30 de março de 1954 e lançado em agosto de 1954
HEBE
CAMARGO
(1929
– 2012)
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HEBE CAMARGO http://memoria.bn.br/ |
Hebe
Camargo nasceu em Taubaté (SP), em 08 de março de 1929, sendo filha do
violonista Sigesfredo Monteiro de Camargo.
Iniciou
sua carreira artística como cantora na década de 1940, em São Paulo. Estreou no
disco em 1950, gravando na Odeon, sendo uma das mais populares cantoras dessa
década.
Pioneira
na televisão, Hebe Camargo foi considerada a maior apresentadora de TV de nossa
história, comandando vários programas ao longo das décadas. O mais conhecido
foi o Programa Hebe Camargo, no SBT.
Hebe
Camargo faleceu em São Paulo, em 29 de setembro de 2012, aos 83 anos de idade.
BAIÃO CAÇULA
Baião de Mário Genari Filho e Felipe Tedesco
Gravado por Hebe Camargo
Acompanhamento de Regional
Disco Odeon 13.289-A, matriz 9317
Gravado em 28 de maio de 1952 e lançado em julho de 1952
SONHANDO CONTIGO
Bolero de Sidney Morais
Gravado por Hebe Camargo
Acompanhamento de Orquestra
Disco Odeon 13.432-B, matriz 9405
Gravado em 29 de agosto de 1952 e lançado em maio de 1953
NEM EU
Samba Canção de Dorival Caymmi
Gravado por Hebe Camargo
Acompanhamento de Osvaldo Borba e Sua Orquestra
Disco Odeon 13.462-A, matriz 9676
Gravado em 17 de abril de 1953 e lançado em julho de 1953
Agradecimento a Dijalma Cândido e ao Arquivo Nirez
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