quarta-feira, 12 de setembro de 2012

ZAÍRA e VICENTE

Hoje, 12 de setembro, marca duas datas importantes em nossa música.


ZAÍRA CAVALCANTI, 31 anos de saudade.
A cantora e atriz Zaíra Cavalcanti, nascida em Santa Maria (RS), falecia no Retiro dos Artistas (RJ), no dia de hoje, em 1981.
Zaíra teve uma importante carreira no teatro de revista e, também, como cantora. Excursionou pelos países da America do Sul divulgando a nossa música, sempre com muito sucesso. Sua notoriedade e beleza (ela era uma linda morena de olhos verdes) a fizeram ser convidada para atuar no filme argentino Luna de Miel en Río (1940, direção de Manuel Romero), ao lado da célebre comediante Niní Marshall. Foi uma das primeiras cantoras brasileiras a levar nossa música ao Chile.
Aliá, ela estreou no cinema ainda adolescente, com aproximadamente 13 anos, por volta de 1927.
No teatro de revista, teve seu primeiro grande sucesso com 16 anos, quando interpretou a marchinha de Ary Barroso, Dá Nela!. A partir de então, seu status passou a ser de estrela.
Ela atuaria ainda na companhia de operetas do cantor Vicente Celestino.
Como aconteceu com outras atrizes-cantoras, infelizmente, Zaíra deixou poucos discos gravados. Porém, o repertório de alguns retratavam seus sucessos no teatro, e os outros, mostravam o que havia de bom no cenário musical da época. Gravou compositores do quilate de Donga, Luís Peixoto, Ary Barroso, João de Barro, Lamartine Babo e Oscar Cardona.
No fim da vida, Zaíra estava recolhida no Retiro dos Artistas.

Zaíra Cavalcanti

Sem Querer...
Samba canção de Ary Barroso, Marques Porto e Luís Peixoto
Gravado por Zaíra Cavalcanti
Disco Parlophon 13.255-B, matriz T-16
Gravado em 1930 e lançado em janeiro de 1931




VICENTE CELESTINO, 118 anos.
Vicente Celestino nasceu no Rio de Janeiro, nesse mesmo dia, no ano de 1894.
Iniciou sua carreira como ator no teatro de revista e também nos chopes-cantantes.
Em suas primeiras peças, teve o apoio da veterana atriz Pepa Delgado que, como outros colegas, viam um grande cantor naquele jovem.
Pepa e Vicente atuaram juntos em peças como A Sertaneja (de Viriato Correia e musicada por Francisca Gonzaga), no qual ela vivia a protagonista e ele o papel de Jandaia; isso em 1915.
No ano seguinte, 1916, ele gravava seu primeiro disco trazendo as músicas,
Flor do Mal (de Domingos Correia e Santos Coelho) e Os que Sofrem (de Armando Oliveira e Alfredo Gama).
Continuou gravando regularmente, muitas vezes de costas para cone de gravação. Isso acontecia devido à potente voz de Vicente. A força de sua voz era tamanha que chegava a estragar o processo de gravação. Dizem que o mesmo se repetiria em vários episódios já na era do microfone. Por sua bela e potente extensão vocal ele receberia o apelido de A Voz Orgulho do Brasil. O grande cantor Caruso tentou levá-lo para a Itália e ensiná-lo mais técnicas de canto, porém, ele recusou e preferiu ficar no Brasil (esses convites aconteceriam com outros cantores, feitos por diferentes personalidades. Francisco Alves foi outro que recusou, preferindo ficar em sua terra).
Nos anos 20 ele faria par nos palcos com a contralto Laís Areda, em várias operetas de sucesso.
Em 1932 casou-se com a soprano, atriz e diretora Gilda de Abreu, com quem viveu até o fim de sua vida, protagonizando belas operetas para o deleite dos brasileiros.
Vicente Celestino faleceu em 23 de agosto de 1968 em um hotel de São Paulo, momento antes de ser homenageado pelo movimento Tropicalista em um programa de televisão.


Vicente Celestino

Mia GiocondaCanção de Vicente Celestino gravada por ele mesmo
Disco Victor 80-0375-A, matriz S-078381-1
Gravado em 31 de outubro de 1945 e lançado em janeiro de 1946












Fontes:
Arquivo Nirez
Foto Vicente Celestino: http://museuvicentecelestino.blogspot.com.br/






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