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segunda-feira, 28 de abril de 2025

O PÉ DE ANJO - 105 ANOS DE UMA PEÇA DE SUCESSO






O PÉ DE ANJO


Há 105 anos estreava uma das mais famosas peças de nosso Teatro de Revista, intitulada O PÉ DE ANJO.         
 
  
Confiram sua história. 
     

segunda-feira, 3 de março de 2025

DISCOS VICTOR BRASILEIROS DO CARNAVAL DE 1931

CARMEN MIRANDA, PILÉ, SÍLVIO CALDAS E OTÍLIA AMORIM
Revista Phono-Arte, 28 de fevereiro de 1931, nº50
Arquivo Nirez


 

Há 94 anos, a revista Phono-Arte lançava os discos Victor brasileiros para o Carnaval de 1931, que se iniciaria no sábado, dia 14 de sábado de 1931.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

RELEMBRANDO A ESTRELA OTÍLIA AMORIM

 
OTÍLIA AMORIM
Arquivo Marcelo Bonavides




Há 130 anos nascia a atriz e cantora OTÍLIA AMORIM, uma das mais queridas Rainhas do Teatro de Revista Brasileiro.        
 
Otília Amorim foi uma das grandes atrizes do teatro de revista, das burletas e comédias da primeira metade do século XX. Nasceu no Rio de Janeiro em 13 de novembro de 1894. Também foi empresária e compositora.        


terça-feira, 13 de novembro de 2012

OTÍLIA AMORIM, 118 anos




Há 118 anos nascia Otília Amorim, atriz, cantora, empresária e compositora.

Confiram as gravações de Otília Amorim, comentadas por Mário de Andrade e acompanhadas de registros históricos da gravadora Victor: http://zip.net/bftjPX



Otília Amorim foi uma das grandes atrizes do teatro de revista, das burletas e comédias da primeira metade do século XX. Nasceu no Rio de Janeiro em 13 de novembro de 1894.

Ainda adolescente, interrompeu seus estudos em um colégio de freiras devido a dificuldades financeiras. Estreou no teatro em 1911, na revista Peço a Palavra, no Teatro Carlos Gomes do Rio de Janeiro. Era uma atriz de revista completa: interpretava, dançava, cantava, era bonita, sabia ser ótima caricata, desembaraçada e tinha total domínio da plateia. Orestes Barbosa afirmava que Otília era a precursora do samba no palco.

No cinema, estreou em 1912 no drama A Vida do Barão do Rio Branco, escrito por José do Patrocinio Filho e dirigido por Alberto Botelho. Em 1919, estreou os filmes de Luís de Barros: Alma Sertaneja e Ubirajara.

Foi em Alma Sertaneja que Otília aparecia tomando banho nua em um riacho. A censura caiu em cima querendo proibir o filme, mas, depois de muita luta ele foi lançado, com grande sucesso.

Otília Amorim foi uma das Rainhas do Teatro de Revista. Na segunda metade da década de 1910, atrizes como pepa Delgado e Júlia Martins já eram nomes consagrados. Otília ia cada vez mais ganhando prestígio e conquistando fãs. No começo dos anos 20, ela reinava nas revistas lançado sucessos e modas. Depois dela, teríamos Margarida Max e Lia Binatti, ainda em meados da década de 1920. Aracy Côrtes, nessa época, já mostrava a que veio e, em breve, ia receber a coroa das antigas rainhas. Mas, voltemos à Otília Amorim.


"Melindozinha, moça chique e vaporosa
anda muito bonitinha, perfumada como a rosa".
Ai, amor! (1921).


No teatro de revista, ela atuou várias vezes ao lado do cantor Francisco Alves.

Lançou vários sucessos nos palcos, como as marchas Ai Amor,  Zizinha, de José Francisco de Freitas.

Entre as peças de sucesso, estão Gato Baeta e Carapicu; Se a moda pega; Papagaio LouroPé de Anjo, onde dançou uma maxixe histórico com Pedro Dias, sendo assistida pelo Presidente Epitácio pessoa duas vezes. Ela era uma ótima maxixeira.

"Zizinha, Zizinha
Oh, vem comigo, vem minha santinha
Também quero tirar uma casquinha".
1926


Em 19 de agosto de 1963, uma segunda-feira às 17 horas, ao 69 anos, ela recebeu a medalha Homenagem ao Mérito, da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, por sua importante dedicação ao teatro brasileiro. A homenagem aconteceu durante a solenidade de abertura do Quarto Congresso de Teatro Brasileiro, no Auditório do Palácio da Cultura.

Otília Amorim faleceu em São Paulo, em 1970.







Fontes:
Arquivo Nirez
Figuras e coisas da MPB, de Jota Efegê
Viva o Rebolado, de Salvyano Cavalcanti de Paiva

OTÍLIA AMORIM, gravações e registros raros





Confiram a biografia de Otília Amorim: http://zip.net/bptkzm

Em 1989, o selo Revivendo (de Curitiba, criado pelo saudoso pesquisador Leon Barg) lançou o LP Sempre Sonhando, onde trazia três gravações suas. Assim, as novas gerações (como eu) puderam conhecer e se encantar com o talento e carisma de Otília Amorim.


Otília só começou a gravar discos em 1930, tendo deixado somente onze músicas gravadas, o que é uma pena. Também compôs um samba e gravou uma marcha ao lado do cantor Pilé.


No Arquivo Nirez (arquivonirez.com.br), encontramos o livro de registro original da gravadora Victor, onde podemos conferir todas as músicas que foram gravadas, de 1929 a 1939, em detalhes. Chegamos a saber quais e quantos instrumentos foram usados em cada gravação. Entre as gravações de Otília Amorim, podemos observar uma que não foi utilizada devido à matriz ter se quebrado.

Mulata, samba de Heitor dos Prazeres.
Gravação perdida de Otília Amorim feita em 1931.


Detalhes da gravação de Sem você e Mangueira,
ambas aproveitadas.



Em seu Compêndio de História da Música, Mário de Andrade destacou, entre suas músicas preferidas, seis gravadas por Otília: Eu sou feliz, Nego Bamba, Desgraça pouca é bobagem, Vou te levar, Sem você, Mangueira.

Desgraça pouca é bobage é um de meus preferidos, com uma letra interessante e melodia belíssima. Recentemente, pudemos ouvi-lo em um trecho da minissérie Dercy de Verdade (2011), de Maria Adelaide do Amaral, no qual Otília Amorim era citada.


Vamos conferir alguns trechos escritos por Mário de Andrade sobre as músicas gravadas por Otília:

Sobre Sou feliz:

"Se vamos ouvir a sra. Otília Amorim [Sou feliz], só temos a deplorar que, no meio duma dicção bem apropriada, apareça a 'fêlicidade', com e fechado em vez de surdo".


Sobre Nêgo bamba e Desgraça pouca é bobage:
"... preciso guardar o nome do compositor, J. Aymberê, que será talvez o substituto de Sinhô, não sei. Estas obras dele são curiosíssimas.
Mas não é apenas pela musica que Nêgo bamba e Desgraça pouca é bobage são esplêndidos. São na realidade discos perfeitíssimos como riqueza e caráter orquestral, como escolha de sonoridades vocais e como gravação.
E quem merece ainda todos os aplausos é a cantora, Otília Amorim, cuja voz gasta e admiravelmente expressiva... do que se trata, soube tirar efeitos magníficos, principalmente no Nêgo bamba, que, no gênero, é incontestavelmente uma obra-prima".




Confiram as gravações:



Desgraça pouca é bobage
Samba de J. Aymberê
Disco Victor 33.404-A, matriz 65049-1
Gravado, com Orquestra, em 10 de dezembro de 1930
e lançado em fevereiro de 1931.




Vou te levar
Marcha de Clínio Júlio D´Epiro e Vicente de Lima
Otília Amorim canta com Pilé
Disco Victor 33.404-B, matriz 65050-2
Gravado, com Orquestra, em 10 de dezembro de 1930
e lançado em fevereiro de 1931.




Eu sou feliz
Samba de J. Aymberê
Disco Victor 33.413-A, matriz 65089-2
Gravado, com Orquestra, em 30 de dezembro de 1930
e lançado em janeiro de 1931.




Nego bamba
Samba batuque de J. Aymberê
Disco Victor 33.413-B, matriz 65090-2
Gravado, com Orquestra, em 30 de dezembro de 1930
e lançado em janeiro de 1931.




Sem você
Samba de Otávio França e Otília Amorim
Disco Victor 33.423-A, matriz 65109-2
Gravado, com Orquestra e coro, em 05 de fevereiro de 1931
e lançado em fevereiro de 1931.




Mangueira
Samba de João Martins
Disco Victor 33.423-B, matriz 65110-2
Gravado, com Orquestra e coro, em 05 de fevereiro de 1931
e lançado em fevereiro de 1931.











Fontes:
Arquivo Nirez - arquivonirez.com.br
Viva o Rebolado, de Salvyano Cavalcanti de Paiva
A mmúsica popular brasileira na vitrola de Mário de Andrade, de Flávia Camargo Toni



Agradecimento ao Arquivo Nirez






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