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segunda-feira, 3 de março de 2025

DISCOS VICTOR BRASILEIROS DO CARNAVAL DE 1931

CARMEN MIRANDA, PILÉ, SÍLVIO CALDAS E OTÍLIA AMORIM
Revista Phono-Arte, 28 de fevereiro de 1931, nº50
Arquivo Nirez


 

Há 94 anos, a revista Phono-Arte lançava os discos Victor brasileiros para o Carnaval de 1931, que se iniciaria no sábado, dia 14 de sábado de 1931.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

JESY BARBOSA - 37 ANOS DE SAUDADE

JESY BARBOSA
Vida Doméstica, 1933
Arquivo Nirez
 



JESY BARBOSA foi uma de nossas grandes intérpretes, dona de uma voz belíssima e interpretação marcante, quer em canções ou em sambas. Há 37 anos ela faleceu. Em sua homenagem, vamos relembrá-la através de uma entrevista concedida em 1933 e outra (gravada) realizada no começo da década de 1980, quando Jesy Barbosa já estava idosa.    


sexta-feira, 15 de novembro de 2024

JESY BARBOSA - 122 ANOS

JESY BARBOSA
Arquivo Nirez




O dia de hoje, 15 de novembro, marca o 122º aniversário da cantora e poetisa JESY BARBOSA.
Nome muito popular no meio musical da segunda metade da década de 1920, ela seria um dos principais destaque na inauguração da gravadora Victor, em 1929. Em 1930, seria eleita Rainha da Canção Brasileira.    


quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

JESY BARBOSA - 32 ANOS DE SAUDADE


JESY BARBOSA
O Cruzeiro, 1932
Arquivo Nirez



Há 32 anos falecia a cantora e poetisa JESY BARBOSA.

Jesy de Oliveira Barbosa nasceu em 15 de novembro de 1902, em Campos (RJ), sendo filha de Victória Barbosa, musicista, e Luís Barbosa, poeta e jornalista.

No começo da década de 1920, ela começou a aparecer cantando em eventos sociais. Foi aluna da grande soprano Zaíra de Oliveira, que tinha por Jesy uma admiração especial.

Talentosa, Jesy Barbosa começou a se apresentar em recitais e programas de rádio, na segunda metade da década de 1920, sendo uma das cantoras pioneiras a fazê-lo.


Jesy Barbosa em 1928.
Revista O Violão.
Arquivo Nirez.


Em 1929, com um nome cercado por sucesso no meio artístico, foi uma das apostas da gravadora Victor, que se instalava no Brasil. Não decepcionou, com seus discos sendo bem acolhidos pela crítica e pelo público, fazendo um repertório baseado em canções românticas e regionais, mas também gravando sambas e maxixe.

Em 1930, em um concurso do Diário Carioca, foi eleita pelos leitores A Rainha da Canção Brasileira. Durante o pleito, teve apoio da novara cantora, que já fazia sucesso, Carmen Miranda, que ao ver que não ganharia passou a torcer por Jesy, em prova de verdadeira camaradagem, que seria a marca de Carmen em sua vida.

Jesy Barbosa também era jornalista, escritora, romancista, rádio atriz, escreveu novelas para o rádio, enfim, era uma mulher de múltiplos talentos e se destacava em cada coisa que fazia.

Ela faleceu em 30 de janeiro de 1987, os 85 anos de idade, no Rio de Janeiro.


Para homenageá-la, trago um questionário feito pela revista O Cruzeiro, de 1932, abordando a cantora. Também trago uma entrevista de Jesy Barbosa, já idosa, concedida ao pesquisador Jairo Severiano e ao cantor e pesquisador Paulo Tapajós. Ela relembra sua vida e carreira, citando amigos e colegas dos anos 20 e 30.

O questionário apresentado por O Cruzeiro mostra a visão masculina da época para com as mulheres, mesmo as consideradas intelectuais. Para eles, elas eram românticas, sensíveis, observadoras de céus estrelados, natureza, suscetíveis às ilusões do amor... Temas como o voto feminino (que em 1932 fora aprovado, para ser posto em prática em 1934) nem se quer eram tocados. O que essas artistas e escritoras pensavam sobre os direitos das mulheres, suas lutas por igualdade, não saberemos. Não através dessa reportagem. Mas vale a pena trazê-la para observarmos o retrato de uma época. Apesar das perguntas, as respostas eram cheias de espírito, mostrando a inteligência e o pensamento de cada entrevistada. Jesy Barbosa não fez feio e, em suas respostas, revelou um pouco de si.























Agradecimento ao Arquivo Nirez










quinta-feira, 15 de novembro de 2018

JESY BARBOSA - 116 ANOS

JESY BARBOSA
O Cruzeiro, 1932.
http://memoria.bn.br



Há 116 anos nascia a cantora e poetisa JESY BARBOSA.

Jesy de Oliveira Barbosa nasceu em Campos (RJ), em 15 de novembro de 1902. Era filha da musicista Victoria Barbosa e do jornalista e poeta Luiz Barbosa (não confundir com o cantor).

Jesy (pronuncia-se Jezí) Barbosa também foi violonista, jornalista, poetisa, rádio atriz e autora de rádio novelas.

Jesy Barbosa estudou canto com a soprano Zaíra de Oliveira, conquistando a admiração de sua professora. Assim como o pai, começou a escrever poemas e crônicas, publicados na imprensa dos anos 20. Em 1928 seu nome começa a aparecer na programação de rádios como a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.

Gravou seu primeiro disco em 1929, com as músicas Olhos Pálidos, canção de Josué de Barros, e Medroso de Amor, samba canção de Zizinha Bessa. Jesy Barbosa era o nome favorito da gravadora Victor, que se lançava no Brasil nesse mesmo ano.



JESY BARBOSA
Vida Doméstica, 1930.
Arquivo Nirez


Em 1930 Jesy Barbosa venceu o concurso promovido pelo jornal Diário Carioca, sendo eleita Rainha da Canção Brasileira.

Seu nome era grafado pela imprensa, em menor intensidade, como Gesy Barbosa ou Jessy Barbosa.


JESY BARBOSA
O Malho, 1934.
http://memoria.bn.br


Jesy Barbosa também se destacou como poetisa, jornalista e escritora.



Jesy Barbosa
Fon Fon, 1944
http://memoria.bn.br


Em 1984, aos 82 anos, foi entrevistada pelo cantor e radialista Paulo Tapajós e o pesquisador cearense Jairo Severiano, contando fatos sobre sua vida: http://bit.ly/jesybarbosa29


Por ocasião dos 30 anos do seu falecimento, fizemos a seguinte postagem: http://bit.ly/2FmTYYc.


Jesy Barbosa faleceu no Rio de Janeiro, em 30 de dezembro de 1987, aos 85 anos de idade.


Vamos conferir algumas de suas gravações, realizadas entre 1929 e 1933, onde Jesy Barbosa apresenta sua bela voz e dicção perfeita, embaladas por bonitas melodias de um tempo especial da nossa música popular.




BALAIO
Maxixe de Marcelo Tupinambá
Gravado por Jesy Barbosa e Mário Pessoa
Acompanhamento da Orquestra Victor
Disco Victor 33.219-A, matriz 50065-2
Gravado em 28 de setembro de 1929 e lançado em novembro



MINHA VIOLA
Canção de Randoval Montenegro
Gravada por Jesy Barbosa
Acompanhamento de Rogério Guimarães ao violão
Disco Victor 33.264-A, matriz 50188-1
Gravado em 26 de fevereiro de 1930 e lançado em abril



VOLTA
Tango Canção de Mário Lopes de Castro
Gravado por Jesy Barbosa
Acompanhamento de Conjunto Típico
Disco Victor 33.269-B, matriz 50189-2
Gravado em 26 de fevereiro de 1930 e lançado em junho



SAUDADE DANADA
Canção de Joubert de Carvalho
Gravada por Jesy Barbosa
Acompanhamento de Rogério Guimarães ao violão
Disco Victor 33.283-B, matriz 50230-2
Gravado em 09 de abril de 1930 e lançado em maio



CORAÇÃO FECHA OS OUVIDOS
Canção de Osvaldo Orico e Zizinha Bessa
Gravada por Jesy Barbosa
Acompanhamento de Rogério Guimarães ao violão
Disco Victor 33.309-B, matriz 50220-2
Gravado em 29 de março de 1930 e lançado em fevereiro de 1931



CANÇÃO DA SAUDADE
Canção de Randoval Montenegro
Gravada por Jesy Barbosa
Acompanhamento de violões
Disco Victor 33.332-B, matriz 50348-1
Gravado em 23 de junho de 1930 e lançado nesse mesmo mês



SAUDADE QUE MATA
Canção de Jota Machado
Gravada por Jesy Barbosa
Acompanhamento de Quarteto
Disco Victor 33.455-A, matriz 65037-1
Gravado em 21 de novembro de 1930 e lançado em agosto de 1931



IMPOSSÍVEL
Tango de Gastão Lamounier e Martins Capistrano
Gravado por Jesy Barbosa
Acompanhamento da Orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.303-B, matriz 131128
Lançado em 1931



SE ME ABANDONAS
Samba Canção de Aldo Taranto, Nascimento e André Filho
Gravado por Jesy Barbosa
Acompanhamento do Grupo do Martins
Disco Victor 33.486-A, matriz 65248-2
Gravado em 09 de outubro de 1931 e lançado em novembro



UM BEIJO NÃO É PECADO
Samba de Gastão Lamounier e Valdo Abreu
Gravado por Jesy Barbosa
Acompanhamento de Rogério Guimarães e Jacy Pereira aos violões
Disco Victor 33.632-A, matriz 65471-2
Gravado em 25 de abril de 1932 e lançado em março de 1933



ILUSÃO DE AMOR
Tango Canção de Homero Dornelas e Bastos Carvalho
Gravado por Jesy Barbosa
Acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira, sob a direção de João Martins
Disco Victor 33.707-A, matriz 65453-2
Gravado em 13 de abril de 1932 e lançado em outubro de 1933



SAUDADES DO ARRANHA CÉU
Fox Canção de J. Thomaz e Orestes Barbosa
Gravado por Jesy Barbosa
Acompanhamento de J. Thomaz e Sua Orquestra
Disco Columbia 22.236-B, matriz 381520
Lançado em 1933



OLHOS PERDIDOS
Fox Canção de J. Thomaz e Orestes Barbosa
Gravado por Jesy Barbosa
Acompanhamento de J. Thomaz e Sua Orquestra
Disco Columbia 22.236-B, matriz 381521
Lançado em 1933



NINHO DESFEITO
Canção de Zelita Vilar e Réa Cibele
Gravada por Jesy Barbosa
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 11.024-A, matriz 4658
Gravado em 28 de abril de 1933 e lançado em junho



NUNCA MAIS
Fox Trot de Zelita Vilar e Réa Cibele
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 11.024-B, matriz 4659
Gravado em 28 de abril de 1933 e lançado em junho










Agradecimento ao amigo Gilberto Inácio Gonçalves e ao Arquivo Nirez










sábado, 30 de dezembro de 2017

JESY BARBOSA - 30 ANOS DE SAUDADE

JESY BARBOSA em 1930.
Arquivo Nirez




Há 30 anos falecia uma de nossas mais importantes intérpretes, a cantora JESY BARBOSA, Rainha da Canção Brasileira de 1930.

Jesy de Oliveira Barbosa nasceu na cidade de Campos (RJ), em 15 de novembro de 1902. Era filha da musicista Victoria Barbosa e do jornalista e poeta Luiz Barbosa (não confundir com o cantor).

Jesy (pronuncia-se Jezí) Barbosa também foi violonista, jornalista, poetisa, rádio atriz e autora de rádio novelas.

Quando seus pais noivaram esconderam um do outro o amor pelo violão, na época, tido como instrumento de malandros. Porém, descobriram a paixão em comum depois de casados, confirmando a sensibilidade artística que os rodeava. E foi a mãe de Jesy quem a iniciou no violão, no mesmo instrumento que mantinha desde sua juventude e que a filha guardaria consigo com muito carinho.

Em 14 de janeiro de 1921 o jornal O Imparcial citava seu nome entre as senhoritas presentes na festa da nova diretoria do Tijuca Tennis. Em 1922, o Imparcial novamente a citava como participante do concurso “Rainha das nossas duas mais lindas praias – do Flamengo e de Copacabana”. Jesy Barbosa estava entre as moças que representavam a praia de Copacabana.

Em 1926, O Jornal publicava na seção “Ocultismo” a programação artística que ao grupo Dhãranã realizaria. Jesy Barbosa participou da terceira parte do programa cantando A Esperança e Maguas. Zaíra de Oliveira também tomou parte nesse evento.



O Jornal, 1926.
http://memoria.bn.br/




JESY BARBOSA
http://memoria.bn.br


Jesy Barbosa estudou canto com a soprano Zaíra de Oliveira, conquistando a admiração de sua professora. Assim como o pai, começou a escrever poemas e crônicas, publicados na imprensa dos anos 20. Em 1928 seu nome começa a aparecer na programação de rádios como a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, onde foi convidada e contratada por Roquete Pinto. O jornal carioca A Manhã, de quinta-feira 13 de dezembro de 1928, trazia a programação da rádio, destacando a participação de Jesy Barbosa: “Irradiação da Radio Sociedade do Rio de Janeiro. Estação SQAA – Onda de 400 metros. Programma de quinta feira, 13 de dezembro de 1928. 21 horas e 15 minutos – Concerto no Stadio da Radio Sociedade do Rio de Janeiro com o concurso da senhorita Jesy Barbosa, dos srs. Gastão Formenti, Rogério Guimarães e professor Barros (Josué de Barros)”. O programa trazia as seguintes músicas interpretadas por Jesy Barbosa: “II – Tristezas de Gaucho – Canto e violão pela senhorita Jesy Barbosa, com acompanhamento pelos professores Rogerio e Barros. V – Toada para você – de Lorenzo Fernandes – Canto pela senhorita Jesy Barbosa, ao violão, os professores Rogerio e Barros. VIII – Vozes (Thiers Cardoso) – Canto e violão pela senhorita Jesy Barbosa, com acompanhamento pelos sr. Rogerio Guimarães. XI – Olhos pallidos (professor Barros) – Canto e violão pela sentorita Jesy Barbosa, acompanhamento pelos srs. Professor Barros e Rogerio Guimarães. XIV – Morena côr de canella – Canto pela senhorita Jesy Barbosa, ao violão, srs. Rogerio Guimarães e professor Barros”.


Programação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
A Esquerda, sábado, 11 de fevereiro de 1928.
http://memoria.bn.br


Participando de festas e eventos sociais, onde cantava, Jesy Barbosa realizou seu recital na tarde de 21 de setembro de 1929 no Theatro Lyrico do Rio de Janeiro. Ao seu lado, estava o compositor e violonista Rogério Guimarães.



Em 1929 a gravadora Victor instalava sua filial no Rio de Janeiro para fazer gravações nacionais. Jesy Barbosa já era uma cantora conhecida e apreciada no rádio e a Victor logo a contratou, fazendo grande publicidade em torno de seu nome. Nesse mesmo ano, Jesy gravava seu primeiro disco, sendo também a primeira intérprete feminina a gravar nesta empresa. Seu disco de estreia trazia a canção de Josué de Barros, Olhos Pálidos, que ela já cantava no rádio. Ela contou depois uma história inusitada sobre a música: um juiz havia pedido à esposa que na hora de sua morte tocasse essa canção, pois ele muito a apreciava. Do lado B, o disco trazia o samba canção de Zizinha Bessa, Medroso de Amor. Ao todo, ela gravou 48 músicas em gravadoras como Victor, Odeon, Parlophon e Columbia. No final de 1930, fez algumas gravações na Victor de São Paulo. Também fez a versão do fox trot Amor, que ela mesma gravou em 1930.


JESY BARBOSA
http://memoria.bn.br


JESY BARBOSA
http://memoria.bn.br



JESY BARBOSAO Cruzeiro, 1931
http://memoria.bn.br



JESY BARBOSAO Cruzeiro 1935
http://memoria.bn.br



Carioca, 1937
Arquivo Nirez



O Malho, 1939
http://memoria.bn.br/



Fon Fon, 1944
http://memoria.bn.br/



Após parar de gravar, por volta de 1933, Jesy Barbosa dedicou-se ao jornalismo e a atuar no rádio como rádio atriz e autora de rádio novelas. Trabalhou em várias rádios, como Rádio Clube do Brasil, Rádio Tupi, Rádio Globo e Rádio Nacional. Nesta última, escreveu a rádio novela Ressurreição.

Em 1930 o jornal Diário Carioca lançou um concurso para escolher a Rainha da Canção Brasileira. Várias cantoras participaram como, Yolanda Osório, Elisa Coelho, Zaíra de Oliveira, Carmen Miranda, Stefana de Macedo, entre outras. Porém, Jesy Barbosa foi a vencedora, tendo Zaíra de Oliveira ficado em segundo lugar. Carmen Miranda, que começava uma carreira de sucesso, ao perceber que não ganharia, passou a apoiar Jesy, em uma demonstração de coleguismo. Renato Murce foi eleito o Príncipe dos Cantores Regionais.



"Jesy Barbosa, que por uma votação altamente significativa foi consagrada a Rainha da Canção Brasileira e Renato Murce, o 'gentleman' perfeito, que conquistou brilhantemente o titulo ambicionado de Principe dos Cantores Regionaes".
Diário Carioca, sexta-feira, 12 de setembro de 1930.
http://memoria.bn.br


Sua carreira sempre foi pontuada de muito trabalho, dedicando-se à música, poesia e jornalismo. Em 1963 ela lançou o livro de poesias, Cantigas de quem Perdoa, pela livraria Freitas Bastos, de São Paulo. Mesmo com tamanha dedicação ao trabalho, foi prejudicada ao se aposentar, pois em sua carteira de trabalho constava a função de colaboradora e não a de jornalista.

Por volta de 1984, aos 82 anos, concedeu uma entrevista gravada pelo cantor e radialista Paulo Tapajós e o pesquisador cearense Jairo Severiano, onde conta fatos sobre sua vida, relembrando sua carreira no rádio e no disco. Já trouxemos trechos dessa entrevista aqui no Blog (http://bit.ly/jesybarbosa29) e traremos novamente.

Jesy Barbosa faleceu em 30 de dezembro de 1987, aos 85 anos.


Jesy Barbosa em 1928.
Revista O Violão.
Arquivo Nirez.


Segundo o pesquisador Abel Cardoso Junior, o cronista e compositor Orestes Barbosa escreveu sobre Jesy Barbosa, afirmando que ela era “uma fisionomia macerada, com os olhos esquecidos no rosto triangular, e a dicção perfeita, tirando efeitos originais, falando dentro da música, preferindo as canções de emoção e pensamento – a última romântica num raro grupo que resiste na última trincheira da valsa que é a musicalidade da carta de amor...”.


JESY BARBOSA
O Cruzeiro, 1932
http://memoria.bn.br/



Conheci o trabalho de Jesy Barbosa em 1989 através do selo Revivendo, do saudoso Leon Barg, em um LP lançado naquele ano. O disco se chamava Terna Saudade e trazia músicas em gravações originais de Sílvio Caldas, Elisa Coelho, Breno Ferreira e Jesy Barbosa. Desta última cantora tínhamos os fonogramas Olhos Pálidos, Volta e Um Beijo não é Pecado. Lembro que eu ficava horas escutando esse disco e me impressionava com a belíssima voz de Jesy, soprano dramática, tão clara e afinada. Com o tempo, e a ajuda de meu amigo Nirez (Miguel Ângelo de Azevedo), fui conhecendo mais seu repertório e ficando cada vez mais seu fã. Ela gravou mais canções românticas, várias de cunho sertanejo, verdadeiras joias, Lenda Sertaneja, Romance Sertanejo, Coração de Cabocla, Minha Viola... Também gravou samba canção e maxixe, Com Yayá é assim, Coração que esqueceu, Balaio (em dueto com Mário Pessoa), além de tanguinhos canções como Canta, canta Passarinho e Coração Magoado, entre outros ritmos. Jesy Barbosa era uma cantora romântica e exalava esse romantismo em cada gravação, com uma interpretação sentida que dava um sabor especial a cada composição.


Jesy Barbosa.
Vida Doméstica, julho de 1930.
Arquivo Nirez



Vamos conferir 21 gravações de Jesy Barbosa realizadas em 1929 e 1930 na Victor, entre elas, as suas primeiras gravações.

Obs. As fotografias do Catálogo Victor com as informações das gravações está disponível no site do Instituto Moreira Salles.




OLHOS PALLIDOS


Canção de Josué de Barros
Acompanhamento da Orquestra Victor de Salão
Disco Victor 33.208-A, matriz 50037-1
Gravado em 11 de setembro de 1929 e lançado em novembro



MEDROSO DE AMOR


Samba Canção de Zizinha Bessa
Acompanhamento do Choro Victor
Disco Victor 33.208-B, matriz 50034-2
Gravado em 11 de setembro de 1929 e lançado em novembro



CISMANDO
Valsa de Rogério Guimarães
Acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira
Disco Victor 33.221-B, matriz 50050-4
Gravado em 18 de setembro de 1929 e lançado em dezembro




QUERO UM HOMEM BEM VESTIDO
Marcha Canção de B. M. de Souza
Acompanhamento da Orquestra Victor
Disco Victor 33.224-B, matriz 50066-2
Gravado em 28 de setembro de 1929 e lançado em dezembro




MINHA VIOLA


Canção de Randoval Montenegro
Acompanhamento de Rogério Guimarães ao violão
Disco Victor 33.264-A, matriz 50188-1
Gravado em 26 de fevereiro de 1930 e lançado em abril



CORAÇÃO DE CABOCLA


Toada Sertaneja de Plínio Brito
Acompanhamento de dois violões e um bandolim
Disco Victor 33.264-B, matriz 50172-2
Gravado em 18 de fevereiro de 1930 e lançado em abril



CANTIGA


Toada Sertaneja de Marcelo Tupinambá e C. Neto

Acompanhamento da Orquestra Victor de Salão
Disco Victor 33.269-A, matriz 50173-2
Gravado em 18 de fevereiro de 1930 e lançado em junho



VOLTA


Tango Canção de Mário Lopes de Castro
Acompanhamento de Conjunto Típico
Disco Victor 33.269-B, matriz 50189-2
Gravado em 26 de fevereiro de 1930 e lançado em junho



AMOR
Fox Trot de E. Goulding, Elsie Janis, arranjo de Ted Eastwood
Acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira
Disco Victor 33.274-B, matriz 50227-2
Gravado em 04 de abril de 1930 e lançado em maio



QUEM AMA VIVE A SOFRER
Canção de Sátiro de Melo
Acompanhamento de Rogério Guimarães ao violão
Disco Victor 33.283-A, matriz 50229-2
Gravado em 09 de abril de 1930 e lançado em maio



SAUDADE DANADA
Canção de Joubert de Carvalho
Acompanhamento de Rogério Guimarães ao violão
Disco Victor 33.283-B, matriz 50230-2
Gravado em 09 de abril de 1930 e lançado em maio



LENDA SERTANEJA


Canção Sertaneja de Cândido das Neves (Índio)
Acompanhamento de Rogério Guimarães e Coro
Disco Victor 33.284-A, matriz 50225-1
Gravado em 03 de abril de 1930 e lançado em julho



ROMANCE SERTANEJO


Canção Sertaneja de João Valença e Raul Valença
Acompanhamento de Rogério Guimarães e Coro
Disco Victor 33.284-B, matriz 50224-2
Gravado em 03 de abril de 1930 e lançado em julho



FRUTA DO MATO
Tanguinho de Randoval Montenegro e Domingos Magarinos
Acompanhamento de dois violões
Disco Victor 33.309-A, matriz 65040-2
Gravado em 22 de novembro de 1930 e lançado em fevereiro de 1931



CORAÇÃO FECHA OS OUVIDOS
Canção de Osvaldo Orico e Zizinha Bessa
Acompanhamento de Rogério Guimarães ao violão
Disco Victor 33.309-B, matriz 50220-2
Gravado em 29 de março de 1930 e lançado em fevereiro de 1931



CANTA, CANTA PASSARINHO
Tanguinho Canção de Sátiro de Melo
Acompanhamento de dois violões
Disco Victor 33.320-A, matriz 503230-2
Gravado em 14 de junho de 1930 e lançado em agosto



CORAÇÃO MAGOADO
Tanguinho Canção de Josué de Barros
Acompanhamento de violões e bandolim
Disco Victor 33.320-B, matriz 50322-2
Gravado em 14 de junho de 1930 e lançado em agosto



EU GOSTO ASSIM
Toada de Mário Lopes de Castro e Domingos Magarinos
Acompanhamento de Violões
Disco Victor 33.332-A, matriz 50332-1
Gravado em 18 de junho de 1930 e lançado em junho



CANÇÃO DA SAUDADE
Canção de Randoval Montenegro
Acompanhamento de violões
Disco Victor 33.332-B, matriz 50348-1
Gravado em 23 de junho de 1930 e lançado em junho



COM YAYÁ É ASSIM
Samba Canção de Cândido das Neves (Índio)
Acompanhamento de orquestra e violões
Disco Victor 33.406-A, matriz 65043-2
Gravado em 24 de novembro de 1930 e lançado em fevereiro de 1931



CORAÇÃO QUE ESQUECEU
Samba Canção de Randoval Montenegro
Acompanhamento de violões e violino
Disco Victor 33.406-B, matriz 65042-1
Gravado em 22 de novembro de 1930 e lançado em fevereiro de 1931









Agradecimento ao Arquivo Nirez
















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