segunda-feira, 7 de agosto de 2023

RELEMBRANDO O CANTOR JAYME VOGELER

JAYME VOGELER
Arquivo Nirez

      

Vamos relembrar o cantor e compositor JAYME VOGELER.                          

Nascido no Rio de Janeiro em 11 de maio de 1906, Jayme da Rocha Vogeller seguiu o caminho de sua família e tornou-se artista.   


Em 1928, ainda como amador, aparecia em recitais e apresentações artísticas:

O PAIZ, sábado, 14 de julho de 1928

Reunião da Phalange Feminina do Flamengo

“Realiza-se hoje, às 21 horas, no rink do Flamengo, a reunião da Phalange Feminina, em homenagem à secção dos escoteiros”.

No programa, várias atrações. Jayme Vogeler era o 14º na lista, apresentando Morrer de Amor, sendo acompanhado por Ary Kerner.

 

Em 10 de julho de 1929, uma quarta-feira, às 20 horas e 30 minutos, em ponto,  teve início no Grêmio Dramático João Caetano o festival do, então, amador Jayme Vogeler, onde foi apresentada a opereta em três atos de Celso Cruz, A Patativa do Sertão, e terminando com um ato de variedades, onde foi apresentada uma cena de Rubem Azevedo (também duretor do espetáculo), onde o autor e Dulce Vogeler foram intérpretes. O ato também teve danças variadas e Arlindo Santos serviu de cabaratier. O espetáculo foi acompanhado por uma orquestra formada por doze professores sob a regência do pianista Régis de Carvalho.  

Jayme Vogeler organizou e ensaiou o evento, onde também cantou a valsa Castelo de Luar e a fantasia dramática Idílio Gaúcho, sendo acompanhado por Rubem de Azevedo, Hilda Duarte e Dulce Vogeler. 

Começou a gravar em 1929, a valsa O Pagão (Canção do Amor), tema do filme norte americano The Pagan, estrelado em 1929 por Ramon Novarro. 

Gravou na Parlophon, Victor, Odeon e Columbia. 

Seguiu uma carreira de sucesso, interpretando sambas, marchas e também se destacando no repertório romântico. 

Em 1931, ao passar a gravar na Odeon, já chegou abafando a banca. Ele gravou dois discos com as músicas: no primeiro, Bonde Errado (marcha de Lamartine Babo) e Olha a Crioula (samba de Almirante e João de Barro), e no segundo disco, Não Dou (marcha de Djalma Guimarães) e Encurta a Saia (samba de Júlio Casado, Almirante e João de Barro).

Todas as quatro músicas foram premiadas respectivamente do primeiro ao quarto lugar no Concurso de Músicas Carnavalescas promovido pelo Jornal do Brasil, em cooperação com a Casa Edison, ocorrido em 15 de janeiro de 1931, no Theatro Lyrico do Rio de Janeiro. 




http://memoria.bn.br/


Jayme Vogeler fazia parte de uma família de artistas bem-sucedidos. Seu pai, Jorge Vogeler, era um conhecido desenhista; seu sobrinho, Dalton Vogeler, produtor e autor. Isso sem falar em seu tio-avô, o famoso maestro e compositor Henrique Vogeler, autor do primeiro samba canção, Linda Flor (Ai, Yoyô).

Jayme Vogeler faleceu no Rio de Janeiro em 07 de agosto de 1966.



Confiram a bela voz de Jayme Vogeler


Discos Parlophon


Primeiro Disco de Jayme Vogeler


O PAGÃO (CANÇÃO DO AMOR)
Valsa tema do filme The Pagan, de 1929
Da autoria de Nacio H. Brown
Gravada por Jayme Vogeler
Acompanhamento e Simão Nacional Orquestra
Disco Parlophon 13.034-A, matriz 2926
Gravado em 1929 e lançado em outubro desse mesmo ano.
Obs. Também gravado em 1929 por Francisco Alves (disco Odeon lançado em setembro) e Jayme Redondo (disco Columbia lançado em outubro).




MINHA TÔNIA
Fox canção de N. H. Brown, De Silva e Henderson
Gravado por Jayme Vogeler
Acompanhamento de Simão Nacional Orquestra
Disco Parlophon 13.034-B, matriz 2927
Gravado em 1929 e lançado em outubro desse mesmo ano




ABISMO DE AMOR
Canção de Cândido das Neves (Índio)
Gravada por Jayme Vogeler
Acompanhamento da orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.261-A, matriz T-22
Lançado em janeiro de 1931




INFELIZ AMOR
Tango de Cândido das Neves (Índio)
Gravado por Jayme Vogeler
Acompanhamento da orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.261-B, matriz T-23
Lançado em janeiro de 1931





TEU NOME
Valsa de Glauco Viana
Gravada por Jayme Vogeler
Acompanhamento da orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.296-A, matriz T-44 131043
Lançado em janeiro de 1931




TU FOSTE MÁ
Samba de Mário Lopes de Castro
Gravado por Jayme Vogeler
Acompanhamento da Orquestra Guanabara
Disco Parlophon 13.296-B, matriz T-43 131042
Lançado em janeiro de 1931





Disco Victor
 

LOIRAS E MORENAS
Fox Trot de Joubert de Carvalho e Olegário Mariano
Gravado por Jayme Vogeler
Acompanhamento da Orquestra Victor Brasileira
Disco Victor 33.250-A, matriz 50130-3
Gravado em 29 de novembro de 1929 e lançado em janeiro de 1930





Discos Columbia
 

DEIXA ESSA GENTE FALÁ
Marcha de Saint Clair Sena e Ronaldo Lupo
Acompanhamento da Orquestra Columbia
Disco Columbia 8.112-B, matriz 1061-1
Lançado em janeiro de 1935




MEU AMOR NUNCA FOI DA CIDADE
Samba de Saint Clair Sena e Ronaldo Lupo
Acompanhamento da Orquestra Columbia
Disco Columbia 8.112-B, matriz 1064-1
Lançado em janeiro de 1935






Discos Odeon

 


Essas quatro primeiras músicas da Odeon ganharam respectivamente do primeiro ao quarto lugar no Concurso de Músicas Carnavalescas promovido pelo Jornal do Brasil, em cooperação com a Casa Edison.

Todas as músicas são bem inspiradas e animadas. Bonde Errado é muito interessante, entre outros fatores, por citar de forma brincalhona os bairros do Rio e as pessoas que costumavam tomavam os bondes.

A imprensa deixava clara seu favoritismo por Não Dou.

Poucos meses após a Revolução de 1930, o jornal cita o clima de "dictaduras".
Depois, confiram um pouco do que saiu na imprensa da época (fonte - http://memoria.bn.br).

Obs. O pesquisador Nirez (Miguel Ângelo de Azevedo) nos informa que Lamartine Babo é o único autor de Bonde Errado. Porém, ele usou dois pseudônimos femininos no concurso: Célia Borchert e Aurea Borges de Sousa. No jornal os nomes saem no masculino.


BONDE ERRADO
Marcha carnavalesca de Lamartine Babo
Gravada por Jayme Vogeler
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 10.759-A, matriz 4115
Lançado em janeiro de 1931




OLHA A CRIOULA
Samba carnavalesco de Almirante e João de Barro
Gravado por Jayme Vogeler
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 10.759-B, matriz 4112-1
Lançado em janeiro de 1931




NÃO DOU
Marcha carnavalesca de Djalma Guimarães
Gravada por Jayme Vogeler
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 10.760-A, matriz 4113
Lançado em janeiro de 1931




ENCURTA A SAIA
Samba carnavalesco de Júlio Casado, Almirante e João de Barro
Gravado por Jayme Vogeler
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 10.760-B, matriz 4114
Lançado em janeiro de 1931





MEU CORAÇÃO É TEU
Marcha de Mário Duprat Fiuza
Gravada por Jayme Vogeler
Disco Odeon 10.805-A, matriz 4192
Gravado em 02 de abril de 1931 e lançado em 1931




VÁ DE TANGA
Samba de Gáudio Viotti e X. Y. Z.
Gravado por Jayme Vogeler
Disco Odeon 10.805-B, matriz 4191
Gravado em 31 de março de 1931 e lançado em 1931




COPACABANA
Fox Trot de Gastão Lamounier e Domingos Barbosa
Gravado por Jayme Vogeler
Disco Odeon 10.819-A, matriz 4260
Gravado em 06 de julho de 1931 e lançado em 1931




ALMAS GÊMEAS
Valsa de Gastão Lamounier e Domingos Barbosa
Gravada por Jayme Vogeler
Disco Odeon 10.819-B, matriz 4261
Gravado em 06 de julho de 1931 e lançado em 1931




SAMBA DA BABILÔNIA
Samba de José de Lana
Gravado por Jayme Vogeler
Disco Odeon 10.829-A, matriz 4229
Lançado em 1931




AMOR DE MULHER
Samba de Américo de Carvalho
Gravado por Jayme Vogeler
Disco Odeon 10.829-B, matriz 4230
Lançado em 1931



MEU BENZINHO FOI-SE EMBORA
Canção de André Filho
Gravada por Jayme Vogeler
Acompanhamento de Orquestra
Disco Odeon 10.846-A, matriz 4294
Lançado em novembro de 1931




SUBLIME
Canção de Eduardo Souto e E. Pequeno
Gravada por Jayme Vogeler
Acompanhamento de Orquestra
Disco Odeon 10.846-B, matriz 4293
Lançado em novembro de 1931




COMO É GOSTOSO AMAR
Fox Trot de Glauco Viana e Lamartine Babo
Gravado por Jayme Vogeler
Acompanhamento de Orquestra
Disco Odeon 10.847-A, matriz 4320
Gravado em 08 de outubro de 1931 e lançado em novembro de 1931




TUDO PASSA
Canção de Glauco Viana
Gravada por Jayme Vogeler
Disco Odeon 10.847-B, matriz 4321
Gravado em 08 de outubro de 1931 e lançado em novembro de 1931



GÊGÊ
Marcha de Rancho de Eduardo Souto e Getúlio Marinho
Gravada por Jayme Vogeler
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 10.876-A, matriz 4369
Gravado em 24 de novembro de 1931 e lançado em 1932





A SERTANEJA
Canção de Chiquinha Gonzaga e Viriato Correia
Gravada por Jayme Vogeler
Acompanhamento da Orquestra Copacabana
Disco Odeon 10.912-A, matriz 4428
Gravado em 06 de abril de 1932 e lançado em 1932












Agradecimento ao Arquivo Nirez













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