sábado, 20 de janeiro de 2024

RELEMBRANDO A CANTORA DOLLY ENNOR

DOLLY ENNOR
Carioca, 1936
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Vamos relembrar a cantora DOLLY ENNOR.  

Dorothy Margaret Ennor nasceu em São Paulo, em 25 de agosto de 1900. Era filha de uma maranhense casada com um inglês e pertencia à alta sociedade paulista. Com sete anos de idade, seus pais a enviaram para estudar na Inglaterra, onde fez o curso colegial completo e também estudou canto e piano. Contrariando a família, seguiu carreira artística.


Dolly Ennor iniciou sua carreira no início da década de 1920, fazendo sua primeira apresentação pública no Theatro Municipal de São Paulo com a Sociedade Dramática de Ópera de São Paulo, em 1924.
 
Ainda em 1924, foi convidada para cantar na inauguração da Rádio Cruzeiro do Sul, em São Paulo. Em 1927, ingressou na Rádio Educadora Paulista, onde utilizou seu nome verdadeiro.



Correio Paulistano, 17 de março de 1927, p.04
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Em 1927, apresentou-se no Salão Germânia, em São Paulo, sendo muito aplaudida. O Estado de São Paulo comentou: “Com a sua bela e generosa voz, a srta. Dorothy Ennor encantou todo o distinto e numeroso auditório, conquistando-lhe palmas sobre palmas, sempre calorosas e tão insistentes, que teve de voltar ao palco para interpretar números fora do programa, aumentando, assim, os motivos de agrado que lhe tem valido a mais decidida simpatia do nosso meio artístico”.
 
O Diário da Noite escreveu: “Que linda voz! Cantando, cai colorindo as notas, dando-lhes relevo, irradiando-as com a sua fantasia, iluminando-as com sua espiritualidade. A sala toda escutou, vibrou, emocionou-se ao ouvi-la cantar A Fonte e a Flor, de Feliz Otero, e Eu tenho adoração por meus olhos, de Marcello Tupynambá”.


Correio Paulistano, 13 de dezembro de 1927, p.08
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No ano de 1929, passou a atuar em companhias de operetas em teatros paulistas e cantou em concertos.
 
Gravou seu único disco em 1930, na Victor, sendo acompanhada pela Orquestra Victor Paulista de Salão. Interpretou as canções, Oh! Ma Rose Marie e Chant Indien, de Frimi, Ferreol e Saint Granier. O selo do disco aparece seu nome como Dorothy Ennor.


O Cruzeiro, 1930
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Ao longo da década de 1930 alterou sua atuação artística entre o Rio de Janeiro e São Paulo.


Correio de S. Paulo, 01 de novembro de 1932, p.03
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(imagem editada)



Correio de S. Paulo, 25 de novembro de 1932, p.03
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Em 1935, estava no Rio de Janeiro, estreando na Rádio Transmissora, onde atuaria até o final de julho de 1936.


A Noite, 10 de janeiro de 1936
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Em 12 de setembro de 1936, ela participava da inauguração da Rádio Nacional do Rio de Janeiro.


Dolly Ennor na inauguração da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, em 12 de setembro de 1936
"Dolly Ennor cantando uma interessante musica de 'camera' - 'La Wally', obteve um dos maiores successos da noite"
Carioca, 1936
Arquivo Nirez


 
Em novembro de 1936, o maestro Gaó a dirigia, ao lado de Sylvinha Mello e Roxane. Na ocasião, elas interpretaram a canção Meu Limão, Meu Limoeiro, tema folclórico.
 
No final de 1936, retornou a São Paulo ao lado de Sylvinha Mello, atuando juntas na Rádio Educadora Paulista.


Revista da Semana, 1936
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Carioca, 1936
Arquivo Nirez


Carioca, 1936
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(continuação)



Carioca, 1936
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Por um período, em 1937, Dolly Ennor morou em uma casa no Leme, no Rio de Janeiro, juntamente com as cantoras e amigas Roxane e Alzirinha Camargo.
 
Atuou em Pernambuco no final de 1937, apresentando-se na Rádio Clube de Pernambuco. Voltaria para São Paulo depois de três meses, no início de 1938.


Revista da Semana, 1937
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Dolly Ennor, Roxane e Alzirinha Camargo
O Cruzeiro, 1937
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Dolly Ennor, Roxane e Alzirinha Camargo (em sentido horário)
O Cruzeiro, 1937
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Na capital paulistana, no ano de 1938, Dolly Ennor voltou a cantar na Rádio Cruzeiro do Sul. Nesse mesmo ano, foi novamente ao Rio de Janeiro, apresentando-se na Rádio Nacional no programa Variedades Esso, apresentado por Renato Murce. Ao lado dela estavam: Gastão Formenti, Lauro Borges, Dilermando Reis e Rogério Guimarães.


Revista da Semana, 1938
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Voltou definitivamente para São Paulo em 1940, onde ainda atuaria por vários anos na Rádio Difusora paulista.


Fon Fon, 1944
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Fon Fon, 1944
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Atuaria até o começo da década de 1950, tendo se apresentado na televisão e sendo entrevistada por Hebe Camargo.
 

Dolly Ennor faleceu em São Paulo em 20 de janeiro de 1977, aos 76 anos de idade.










Agradecimento ao Arquivo Nirez












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