sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

PAULA BRITO E O LUNDU DA MARREQUINHA - SÉCULO XIX

PAULA BRITO
omenelicksegundoato.blogspot.com.br
 





Há 162 anos falecia o poeta PAULA BRITO.
 
Francisco de Paula Brito nasceu no Rio de Janeiro em 02 de dezembro de 1809, na então Rua do Piolho (hoje Rua da Carioca), no Centro da cidade. Era filho do carpinteiro Jacinto Antunes Duarte e de Maria Joaquina da Conceição Brito.     


Dos seis aos quinze anos, morou em Magé (RJ), tendo voltado ao Rio de Janeiro em 1824, acompanhado do avô, o sargento-mor Martinho Pereira de Brito. 

Trabalhou em uma farmácia e, depois, chegou a ser aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional, depois se empregando no Jornal do Commercio, onde foi diretor das prensas, redator, tradutor e contista.
 
Era também letrista, livreiro, tipógrafo e jornalista.
 
Em 1830, casou-se com Rufina Rodrigues da Costa. No ano seguinte, abriu um estabelecimento tipográfico em loja de papel, cera e chá, no Largo do Rossio (atual Praça Tiradentes). Seu estabelecimento, além de editar livros, era o ponto de encontro dos intelectuais e músicos modinheiros da época.
 
Ele sugeriu que os integrantes dessas reuniões criassem uma sociedade (com estatuto e tudo), a Sociedade Petalógica do Rossio Grande, uma entidade em que o humor e poesia reinavam, com muita música.
 
Paula Brito foi autor da letra do famoso Lundu da Marrequinha, que recebeu a melodia do autor do Hino Nacional Brasileiro, o compositor Francisco Manuel da Silva. Foi um lundu muito tocado em sua época, sendo conhecido e interpretado até os dias de hoje. Compondo outras músicas, como o lundu Ponto Final, com música de José Joaquim Goiano, Paula Brito era anfitrião de memoráveis encontros entre músicos e poetas letrados, tendo contribuído com a propagação dos primeiros gêneros musicais brasileiros, a modinha e o lundu.



Correio Mercantil, 1860
http://memoria.bn.br/




Diário do Rio de Janeiro, 1860
http://memoria.bn.br/





Correio Mercantil, 06 de janeiro de 1860
http://memoria.bn.br/


 
Paula Brito faleceu no Rio de Janeiro, em um domingo, 15 de dezembro de 1861, duas semanas após completar 52 anos de idade, em sua residência, no Campo de Sant´Anna, nº25. Seu cortejo fúnebre foi um dos mais concorridos da Corte, pois era um homem muito popular entre os intelectuais, músicos e artistas. Está sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier. Por ocasião de sua Missa de Sétimo Dia, o dr. Caetano Alves de Souza Filgueiras proferiu um discurso, que foi publicado no Diário do Rio de Janeiro, em 24 de dezembro de 1861, p.02.




Correio Mercantil, 16 de dezembro de 1861, p.01
http://memoria.bn.br/




Diário do Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1861, p.01
http://memoria.bn.br/



Diário do Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 1861, p.01
http://memoria.bn.br/




Correio Merantil, 17 de dezembro de 1861, p.01
http://memoria.bn.br/


 


 
Lundu da Marrequinha



Diário do Rio de Janeiro, 1853
http://memoria.bn.br/




Correio Mercantil, 1853
http://memoria.bn.br/




A Marmota na Corte 
Terça-feira, 09 de agosto de 1853, nº 390, p. 04
http://memoria.bn.br/

 



O TROVADOR, 1876.
archive.org


O TROVADOR, 1876.
archive.org



Trago o Lundu da Marrequinha com sua letra e em várias interpretações.
 
Foi uma das mais populares músicas da segunda metade do século XIX, com letra de Paula Brito e melodia de Francisco Manuel da Silva.
 
Obs. A letra aqui apresentada foi tirada do livro O Trovador, volume 01, de 1876. Nele, há uma diferença nos versos em relação às gravações feitas no final do século XX.
 

Obs2. Segundo o canal do YouTube, A Música do Brasil, Marrequinha seria um tipo de laço dado no vestido das moças, no séc. XIX, "usado atrás das nádegas", possivelmente sobre a anquinha (acessório que dava volume aos quadris).



Lundu da Marrequinha, por Luiza Sawaia e Acchille Picchi






A Marrequinha de Yayá





Lundu da Marrequinha





Lundu da Marrequinha





















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