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Há
156 anos falecia o poeta PAULA BRITO.
Francisco
de Paula Brito nasceu no Rio de Janeiro em 02 de dezembro de 1809, na então Rua
do Piolho (hoje Rua da Carioca), no Centro da cidade; falecendo nessa mesma
cidade, em 15 de dezembro de 1861, em sua residência, no Campo de Sant´Anna,
nº25. Seu cortejo fúnebre foi um dos mais concorridos da Corte, pois era um
homem muito popular entre os intelectuais, músicos e artistas. Está sepultado
no Cemitério de São Francisco Xavier.
Era
também letrista, livreiro, tipógrafo e jornalista.
Era
filho do carpinteiro Jacinto Antunes Duarte e de Maria Joaquina da Conceição
Brito. Chegou a ser aprendiz de tipógrafo na Tipografia Nacional, depois se
empregando no Jornal do Commercio, onde foi diretor das prensas, redator,
tradutor e contista. Em 1830, casou-se com Rufina Rodrigues da Costa. No ano
seguinte, abriu um estabelecimento tipográfico em loja de papel, cera e chá, no
Largo do Rossio (atual Praça Tiradentes). Seu estabelecimento, além de editar
livros, era o ponto de encontro dos intelectuais e músicos modinheiros da
época.
Ele
sugeriu que os integrantes dessas reuniões criassem uma sociedade (com estatuto
e tudo), a Sociedade Petalógica do Rossio Grande, uma entidade em que o humor e
poesia reinavam, com muita música.
Paula
Brito foi autor da letra do famoso Lundu
da Marrequinha, que recebeu a melodia do autor do Hino Nacional Brasileiro,
o compositor Francisco Manuel da Silva. Foi um lundu muito tocado em sua época,
sendo conhecido e interpretado até os dias de hoje. Compondo outras músicas,
como o lundu Ponto Final, com música
de José Joaquim Goiano, Paula Brito era anfitrião de memoráveis encontros entre
músicos e poetas letrados, tendo contribuído com a propagação dos primeiros
gêneros musicais brasileiros, a modinha e o lundu.
Trago
o Lundu da Marrequinha com sua letra e
em várias interpretações.
Obs. A letra aqui apresentada foi tirada do livro O Trovador, volume 01, de 1876. Nele, há uma diferença nos versos em relação à gravações feitas no final do século XX.
Obs2. Segundo o canal do YouTube, A Música do Brasil, Marrequinha seria um tipo de laço dado no vestido das moças, no séc. XIX, usado atrás das nádegas", possivelmente sobre a anquinha (acessório que dava volume aos quadris).
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O TROVADOR, 1876. archive.org |
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O TROVADOR, 1876. archive.org |
Lundu da Marrequinha, pelo grupo Lira d´Orfeo.
Lundu da Marrequinha, por Anna Maria Kieffer.
Lundu da Marrequinha, por Luiza Sawaia e Acchille Picchi.
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